Dividendos: 20 empresas podem pagar valores recordes antes da nova tributação
Setores estratégicos como energia, telecom e construção lideram as oportunidades de pagamentos extraordinários ainda em 2025.
Foto: Canva / Montagem MI
Com a possível tributação sobre dividendos cada vez mais próxima, algumas empresas brasileiras têm alta probabilidade de antecipar grandes pagamentos ainda neste ano. A lista inclui nomes de peso como Ambev (ABEV3), Eletrobras (ELET3), Gerdau (GGBR4), Copel (CPLE6) e Marcopolo (POMO4).
Corrida pelos dividendos
O projeto de lei que altera o Imposto de Renda das pessoas físicas, aprovado na Câmara e em discussão no Senado, deve encerrar uma isenção em vigor desde 1996. Caso o texto seja aprovado como está, dividendos pagos a partir de 2026 terão imposto de 10%, segundo informações do BTG Pactual.
Por outro lado, os lucros acumulados até 2025 ainda poderão ser distribuídos sem tributação, o que leva várias companhias a considerar pagamentos extraordinários antes da mudança.
Ainda de acordo com o BTG, o movimento tende a se concentrar em empresas que possuem reservas de lucros robustas, baixo endividamento e fluxo de caixa saudável. “É natural esperar uma onda de distribuições antecipadas, principalmente entre empresas com estrutura sólida e lucros recorrentes”, afirmam os estrategistas do banco.
Setores mais promissores para lucrar com dividendos
O estudo aponta que serviços básicos, telecomunicações, construtoras e materiais básicos devem liderar o movimento. O Brasil vive um momento de lucros crescentes, baixa alavancagem e ações descontadas, o que cria um ambiente favorável para retornos elevados aos acionistas.
Segundo o levantamento do BTG Pactual, algumas companhias podem oferecer yields (rendimentos) entre 15% e 20%, caso confirmem a antecipação dos dividendos.
Empresas com maior probabilidade de grandes pagamentos
Entre os destaques, estão:
- Metalúrgica Gerdau (GOAU3) – 20%
- Unifique (FIQE3) – 19%
- Marcopolo (POMO4) – 18%
- Eztec (EZTC3) – 17%
- Copel (CPLE6) – 14%
- Intelbras (INTB3) – 13%
- Blau Farmacêutica (BLAU3) – acima de 10%
- Ambev (ABEV3) – acima de 10%
- Eletrobras (ELET3) – 10%
- Usiminas (USIM5) – acima de 10%
A lista completa reúne 20 companhias de diferentes setores, incluindo Direcional (DIRR3), Cyrela (CYRE3), Lavvi (LAVV3), TIM (TIMS3), Energisa (ENGI11), Isa Energia (TRPL4), C&A (CEAB3), PetroReconcavo (RECV3) e Irani (RANI3).
(Fonte: BTG Pactual / InfoMoney)