Até o dia 11 de agosto, os bancos participantes do programa de renegociação de dívidas, conhecido como “Desenrola Brasil”, intermediaram a renegociação de um montante impressionante de R$ 8,1 bilhões, conforme dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A iniciativa visa aliviar o fardo financeiro de milhares de brasileiros endividados.

Nessa fase atual do programa, intitulada “Faixa 2”, os bancos têm o poder de reestruturar as dívidas de indivíduos com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000. Aqueles que não estão inscritos no Cadastro Único do governo federal também se enquadram nessa categoria de beneficiários.

O impacto do “Desenrola” é ainda mais evidente, uma vez que aproximadamente 5 milhões de registros negativos foram removidos dos históricos de crédito dos clientes com dívidas de até R$ 100. Contudo, é importante destacar que a exclusão desses registros não implica no perdão das dívidas.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, expressou sua satisfação com os resultados alcançados pelo programa. Ele declarou: “Os números do Desenrola falam por si e são uma grande satisfação para todos, bancos, governo e a sociedade.” Além disso, Sidney antecipou que a próxima etapa, denominada “Faixa 1”, está programada para setembro e atenderá clientes de menor renda, cujas dívidas serão asseguradas por um fundo do Tesouro Nacional.

A evolução do programa também trará consigo a inclusão de dívidas não-bancárias, acompanhada do lançamento de uma plataforma online, desenvolvida pela B3, que permitirá que os bancos participem de leilões para “comprar” dívidas oferecendo descontos atrativos.

É notável que os principais bancos do país abraçaram o “Desenrola”, cada um adotando sua própria estratégia. Algumas instituições, como o Banco do Brasil, estenderam os benefícios do programa até mesmo a clientes que não se encaixam em seus critérios originais, demonstrando assim a amplitude do impacto positivo que a iniciativa está causando na sociedade brasileira.