A CSN Mineração (CMIN3), segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil, volta a atrair atenção no mercado de capitais. O papel acumula valorização de quase 5% nas últimas semanas, impulsionado pelo otimismo em torno dos resultados do terceiro trimestre de 2025 e pela possibilidade de novos dividendos bilionários.

Expectativas para o 3T25

A empresa registrou receita acima de R$ 4 bilhões e lucro líquido de R$ 115 milhões no segundo trimestre, mesmo com a volatilidade dos preços das commodities. Para o 3T25, analistas projetam EBITDA entre R$ 1,7 e R$ 1,8 bilhão, avanço de até 55% sobre o trimestre anterior, com margens sustentadas pelo minério de ferro acima de US$ 100 por tonelada.

O Citigroup reforçou a leitura positiva para o setor, destacando a demanda asiática aquecida, o custo de produção competitivo da CSN Mineração (entre US$ 20 e US$ 25 por tonelada) e a disciplina financeira que mantém a empresa resiliente mesmo em períodos de correção do minério.

Dividendos CMIN3 à vista

Desde a estreia na bolsa, em 2021, a mineradora já distribuiu quase R$ 17 bilhões em proventos, montante que representa mais da metade do seu valor de mercado atual, estimado em torno de R$ 30 bilhões.

Com caixa de R$ 14 bilhões e dívida líquida negativa, a CSN Mineração preserva ampla capacidade de remunerar seus acionistas. O mercado projeta dividendos de cerca de R$ 0,34 por ação ainda neste trimestre, o que pode gerar dividend yield próximo de 10%.

O anúncio oficial deve ocorrer em 4 de novembro, junto à divulgação dos resultados trimestrais. Caso haja reforço de caixa operacional ou liberação de reservas, analistas apontam possibilidade de proventos adicionais, elevando o retorno total acima de 12% ao ano.

Expansão e metas de longo prazo

A mineradora projeta investimentos entre R$ 13 e R$ 15 bilhões até 2030, com o objetivo de ampliar a produção de 35 milhões para 65 milhões de toneladas anuais. Projetos como Casa de Pedra e novos terminais logísticos em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro reforçam a presença nacional e fortalecem a competitividade global da companhia.

O avanço da produção, aliado à manutenção do minério em níveis elevados, deve sustentar fluxos de caixa robustos e crescimento contínuo dos dividendos até o fim da década.

Vale a pena investir nas ações CMIN3?

Com baixo endividamento, valorização consistente e histórico sólido de distribuição de lucros, a CSN Mineração (CMIN3) se consolida como uma das ações mais atrativas da bolsa para investidores que buscam renda passiva e estabilidade de longo prazo.

A combinação entre expansão operacional, alta rentabilidade e novos dividendos previstos reforça a leitura de que o papel pode continuar entre os destaques do setor de mineração em 2025.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.