Crise de falta de energia em São Paulo gera troca de acusações entre candidatos à prefeitura
Na última sexta-feira (11), São Paulo enfrentou uma severa crise de falta de energia devido a um forte temporal.
Crise de falta de energia em São Paulo gera troca de acusações entre candidatos à prefeitura
Na última sexta-feira (11), a capital paulista enfrentou uma severa crise de falta de energia, resultado de um forte temporal que causou alagamentos e destruição em várias áreas da cidade. O “apagão” não apenas deixou milhares de pessoas sem luz, mas também acirrou o clima eleitoral entre os candidatos à prefeitura. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se confrontaram publicamente sobre a gestão da crise, dando início a um intenso debate que promete marcar a disputa eleitoral.
O que ocorreu na cidade de São Paulo durante o final de semana foi um reflexo direto das consequências de um temporal que atingiu a região. Ventos fortes, com velocidade superior a 100 km/h, derrubaram árvores e causaram danos significativos à infraestrutura da cidade. A falta de energia afetou não apenas os lares paulistanos, mas também os serviços essenciais, criando um cenário de caos. De acordo com informações da Enel, a concessionária responsável pela distribuição de energia, muitos locais ainda estavam sem luz no início da semana, gerando descontentamento na população e críticas à administração municipal.
No dia 14 de outubro, durante uma agenda de campanha na zona sul de São Paulo, Ricardo Nunes defendeu sua gestão em resposta às críticas de Guilherme Boulos. O prefeito ressaltou que a prefeitura implementou um plano de contingência para lidar com a situação e que 4 mil trabalhadores estavam nas ruas para realizar ações de limpeza e remoção de árvores. Nunes garantiu que “não existe falha da prefeitura” e que a administração municipal se empenhou em mitigar os efeitos da tempestade.
Além disso, Nunes mencionou que, desde o início de seu mandato, a prefeitura já havia podado mais de 600 mil árvores, embora reconhecesse que isso não fosse suficiente para evitar os danos causados pela tempestade. Ele afirmou que existem cerca de 6 mil ordens de serviço pendentes que dependem da Enel para a poda de árvores em contato com a rede elétrica.
Por outro lado, Guilherme Boulos manteve um tom agressivo em suas críticas, acusando Nunes de ineficiência e de uma falta de liderança durante a crise. “O que estamos vivendo na cidade de São Paulo, além do apagão da Enel, é um apagão de prefeito”, disparou Boulos. Ele alegou que a administração municipal falhou em realizar podas preventivas, embora tivesse alertado para a necessidade dessas ações há mais de um ano.
Boulos também criticou a gestão de Nunes pela inabilidade em lidar com licitações relacionadas à poda de árvores, que foram suspensas pelo Tribunal de Contas do Município devido a suspeitas de fraudes. Para o deputado, a atual situação é um reflexo da “incompetência” do governo e da falta de um verdadeiro líder à frente da prefeitura.
Com o clima tenso entre os candidatos, o primeiro debate do segundo turno, programado para a noite de hoje, promete ser um espaço para a troca de acusações e propostas sobre como resolver a crise de energia e outros problemas da cidade. Tanto Nunes quanto Boulos terão a oportunidade de apresentar suas visões para o futuro da capital, destacando suas abordagens para a gestão de crises e a infraestrutura urbana.