O Copom está prestes a decidir sobre o patamar da taxa de juros da economia brasileira, a Selic, em sua próxima reunião que acontecerá a partir da próxima terça-feira (19). Com a comunicação do BC já apontando para um possível corte, a atenção agora se volta para as perspectivas futuras mencionadas no comunicado.

No entanto, uma letra pode fazer toda a diferença, com a comunicação do BC sendo escrutinada por indicações sobre o futuro das taxas. Enquanto isso, as preocupações com a inflação e as condições econômicas internas e externas permanecem em destaque, influenciando as decisões do Copom.

Analistas do Itaú BBA e do Bank of America concordam que a prescrição futura provavelmente será mantida, com o mercado antecipando cortes adicionais nas próximas reuniões. Alexandre Maluf, economista da XP, expressou cautela em relação à possibilidade de mudança na redação do comunicado, destacando as preocupações com a atividade econômica e a dinâmica em serviços.

Entretanto, as pressões inflacionárias continuam a ser motivo de preocupação. O IPCA registrou uma alta significativa em fevereiro, acima das expectativas do mercado, levando a inflação a se aproximar do teto da meta em doze meses. O Banco Central está atento às projeções de mercado do Boletim Focus para garantir que as expectativas estejam ancoradas.

Além das preocupações com a inflação, há também preocupações fiscais, incluindo o aumento da relação dívida/PIB e previsões de dados relacionados a precatórios. No entanto, os dados do mercado de trabalho mostram resiliência, com a criação de empregos formais superando as expectativas.