China prevê queda na atividade manufatureira em julho
A atividade fabril da China enfrenta uma possível terceira queda consecutiva em julho, com o índice oficial dos gerentes de compras (PMI) projetado em 49,3, abaixo dos 49,5 registrados em junho. Esta previsão reflete preocupações persistentes com a crise imobiliária prolongada e a insegurança no emprego, sinalizando a necessidade urgente de novos estímulos econômicos para […]
A atividade fabril da China enfrenta uma possível terceira queda consecutiva em julho, com o índice oficial dos gerentes de compras (PMI) projetado em 49,3, abaixo dos 49,5 registrados em junho. Esta previsão reflete preocupações persistentes com a crise imobiliária prolongada e a insegurança no emprego, sinalizando a necessidade urgente de novos estímulos econômicos para impulsionar a recuperação.
No segundo trimestre deste ano, o crescimento econômico da China ficou aquém das expectativas, com o setor de consumo enfrentando dificuldades significativas. As vendas no varejo despencaram para o nível mais baixo em 18 meses, devido às pressões deflacionárias que forçaram as empresas a reduzir os preços de uma ampla gama de produtos, desde carros até alimentos e roupas.
Embora o governo chinês tenha anunciado um programa de 300 bilhões de yuans em títulos do tesouro para apoiar o consumo, analistas apontam que esse montante é modesto em comparação com a escala da economia e as vendas no varejo de 2023. Isso sugere que o impacto na recuperação econômica pode ser limitado, levantando dúvidas sobre a eficácia das políticas atuais em estimular a demanda interna.
As exportações robustas têm proporcionado algum suporte à atividade fabril nos últimos meses, contribuindo para o progresso em direção às metas de crescimento do governo. Contudo, a perspectiva de aumentos nas tarifas comerciais por parte dos principais parceiros comerciais da China adiciona uma camada de incerteza quanto à sustentabilidade desse impulso econômico.
O mercado imobiliário chinês enfrenta desafios significativos, com os preços das casas novas registrando queda no ritmo mais acelerado em nove anos, afetando diretamente a riqueza das famílias. Espera-se que o Politburo, principal órgão de decisão do Partido Comunista Chinês, discuta novas medidas de apoio à propriedade após sua reunião prevista para esta semana. A divulgação do PMI oficial na quarta-feira(31) será crucial para entender melhor a direção econômica do país.
