A Cemig (CMIG4) concluiu a venda de quatro pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) — Machado Mineiro, Sinceridade, Martins e Marmelos — para a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F Investimentos, por R$ 52 milhões. O processo de desinvestimento, iniciado no ano passado, foi finalizado com a assinatura do contrato de compra e venda, consolidando mais uma etapa do plano estratégico da estatal mineira.

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Venda de usinas reforça estratégia de desinvestimento da Cemig (CMIG4)

O certame que resultou na venda das quatro hidrelétricas foi realizado em dezembro de 2024, e a conclusão do negócio neste ano simboliza o avanço da política de desinvestimentos da Companhia Energética de Minas Gerais. O objetivo da empresa é concentrar recursos em projetos de maior porte e rentabilidade, aprimorando sua eficiência operacional e reduzindo custos com ativos de menor escala.

Segundo comunicado divulgado pela companhia, a operação está alinhada às diretrizes do Planejamento Estratégico 2025–2030, que busca otimizar o portfólio de geração de energia e aumentar a alocação eficiente de capital. Essa diretriz tem sido um pilar central das ações da Cemig nos últimos anos, reforçando a busca por um posicionamento mais competitivo no setor elétrico nacional.

“O desinvestimento em ativos de pequeno porte é parte de uma estratégia contínua de aprimoramento da eficiência operacional e foco em investimentos que tragam maior retorno para os acionistas”, informou a estatal em nota.

Detalhes das usinas vendidas e papel da Âmbar Energia

As quatro usinas incluídas na transação são classificadas como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com capacidade limitada, mas importância estratégica no fornecimento regional de energia. Entre elas, a PCH Machado Mineiro e a PCH Marmelos estão localizadas em Minas Gerais, estado de origem e principal área de operação da Cemig.

A compradora, Âmbar Energia, pertence ao grupo J&F, que também controla empresas como JBS e Eldorado Brasil. A empresa tem ampliado sua presença no setor de geração elétrica, apostando em ativos de fontes renováveis e térmicas, em uma estratégia de diversificação energética.

Com a aquisição, a Âmbar amplia seu portfólio de geração e reforça sua atuação em um segmento que vem ganhando relevância dentro da transição energética brasileira, que busca equilibrar o uso de fontes limpas e sustentáveis.

Objetivo e contexto do desinvestimento da Cemig (CMIG4)

A Cemig (CMIG4) vem adotando uma política de desinvestimentos seletivos nos últimos anos, como parte de uma agenda de fortalecimento financeiro e reposicionamento estratégico. O foco da companhia tem sido a consolidação de seus principais ativos de geração e transmissão, além do avanço em novos projetos de energia renovável, como eólica e solar.

A estatal mineira, controlada pelo governo de Minas Gerais, tem priorizado iniciativas que maximizem o retorno aos acionistas e reduzam a complexidade operacional. A alienação de usinas menores permite direcionar capital para empreendimentos com maior potencial de crescimento e relevância dentro da matriz energética nacional.

Essa estratégia segue a linha de outros movimentos recentes da empresa, que também envolvem parcerias e reestruturações societárias, sempre com o objetivo de tornar a Cemig mais ágil, moderna e financeiramente sólida.

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