Carrefour (CRFB3) se destaca entre varejistas de alimentos no 2T24 com resultados promissores
A temporada de divulgação de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) começou oficialmente nesta terça-feira (16). No entanto, para o setor de varejo de alimentos, os balanços financeiros iniciarão efetivamente na segunda-feira, 22 de julho, com a apresentação dos dados do Carrefour (CRFB3). A expectativa é que a empresa, dona do Atacadão, traga os […]

A temporada de divulgação de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) começou oficialmente nesta terça-feira (16). No entanto, para o setor de varejo de alimentos, os balanços financeiros iniciarão efetivamente na segunda-feira, 22 de julho, com a apresentação dos dados do Carrefour (CRFB3). A expectativa é que a empresa, dona do Atacadão, traga os melhores resultados do setor, segundo diversas análises de mercado.
Expectativas e projeções para o Carrefour
Os analistas estão otimistas em relação aos resultados do Carrefour para o segundo trimestre. A previsão é que a empresa apresente uma melhoria nas vendas, apesar do ambiente de varejo ainda estar sob pressão devido a reestruturações em andamento. O Bradesco BBI destacou que a inflação alimentar deve acelerar até o terceiro trimestre de 2024, o que pode impactar positivamente o setor, especialmente o Carrefour Brasil, devido à sua operação no Atacadão.
De acordo com o Research da XP Investimentos, o Carrefour Brasil deve mostrar resultados melhores no trimestre, com uma aceleração de vendas nas mesmas lojas. Essa melhora é atribuída à maturação de várias lojas, ao desempenho sólido do Sam’s Club e à aceleração do Atacadão. A XP projeta um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 1,5 bilhão, com lucro líquido estimado em R$ 191 milhões.
Alterações nas preferências dos analistas
O Bradesco BBI alterou sua preferência de Assaí (ASAI3) para Carrefour, ao analisar as projeções para o 2T24. A mudança é baseada no menor impacto das taxas de juros e na maior exposição do Carrefour à inflação alimentar. O banco espera que o Carrefour traga mudanças estruturais que o aproximem da liderança do setor, apresentando uma melhor margem Ebitda e um lucro mais forte.
Análise do Itaú BBA
O Itaú BBA também é otimista em relação ao Carrefour, considerando que a empresa será o destaque do setor. O banco projeta um crescimento de 5,4% nas vendas nas mesmas lojas do atacarejo, além de um aumento anual de 0,6% na rentabilidade do consolidado, impulsionado por melhores margens no varejo.
Projeções para o Assaí (ASAI3)
Por outro lado, o Assaí deve enfrentar um trimestre mais desafiador. O Bradesco BBI prevê uma margem Ebitda estável, mas revisou a projeção de lucro líquido para baixo em 20%, devido à exposição a expectativas de taxas de juros mais altas. A XP Investimentos projeta números mistos para o Assaí, com um crescimento de receita desacelerando em relação ao primeiro trimestre, embora a margem bruta deva aumentar em 0,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A corretora projeta um lucro líquido de R$ 111 milhões, uma queda de 29% na comparação anual.
O Itaú BBA estima que o trimestre será “sem grandes eventos” para o Assaí, com desaceleração nas tendências de receita, mas com a lucratividade permanecendo resistente.
Projeções para o Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus também deve ter um trimestre sem grandes eventos, acompanhando o Assaí. O crescimento da receita deve desacelerar, mas ainda ficar em 18%, conforme destaca o Bradesco BBI. O banco prevê que as bases de comparação mais fortes do setor devem atrapalhar o ritmo de crescimento das vendas nas mesmas lojas do Grupo Mateus. As estimativas indicam um lucro líquido com queda de 3,4% na comparação anual, para R$ 283 milhões, enquanto o Ebitda ajustado deve ser de R$ 545 milhões, com alta de 13%.
Projeções para o GPA (PCAR3)
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) está em processo de reestruturação de suas operações e deve apresentar ganhos de rentabilidade, segundo o Itaú BBA. A projeção é de uma alta de 1,6 pontos percentuais na margem Ebitda, atingindo 8,3%. Apesar disso, o banco acredita que os resultados serão neutros para o GPA. Ontem, o GPA negou ter conhecimento de uma possível venda de suas ações pela Casino.