O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, inicia seu período de férias nesta quinta-feira (04) e escolheu Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, para ficar como chefe interino da instituição durante seu período de descanso.

Sendo assim, Galípolo ficará à frente do Banco Central até o dia 19 de julho. Entretanto, o diretor já estava à frente da instituição desde o dia 28 de junho, quando Campos Neto viajou para Lisboa, Portugal.
Portanto, por cerca de três semanas, Lula terá no comando do Banco Central alguém que ele indicou.

No último sábado (29), o diretor de Política Monetária esteve pessoalmente com o presidente do Brasil,  quando participou de um jantar na residência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo. O encontro reservado teve como objetivo discutir os rumos da economia brasileira.

Além de Haddad, de Lula e de Galípolo, estiveram presentes no jantar economistas favoráveis a uma política desenvolvimentista, que defendem a intervenção do Estado para induzir o crescimento do país. Entre eles estavam Luiz Gonzaga Belluzzo, 81 anos, Luciano Coutinho, 77 anos, e Guido Mantega, 75 anos, além do engenheiro e operador do mercado financeiro Eduardo Moreira, 48 anos.

Vale mencionar que Galípolo é cotado para assumir a presidência do Banco Central em 2025. Lula elogiou o diretor de Política Monetária, afirmando que ele “tem todas as condições” de comandar a instituição.

Campos Neto retorna para reunião do Copom

O retorno das férias do presidente do Banco Central acontecerá antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros da economia brasileira, que atualmente está em 10,5% ao ano.

Lula, um crítico obstinado de Campos Neto, já expressou sua insatisfação com o presidente do Banco Central em várias ocasiões. É importante lembrar que Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro e seu mandato se estende até o final deste ano.