O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve aprovar a fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi ainda nesta semana, sem a imposição de remédios ou restrições regulatórias. A decisão é aguardada com grande expectativa pelo mercado, que enxerga a operação como um importante motor para o crescimento e valorização das ações da Petz.

Participação de mercado e análise do Cade

De acordo com relatório do Cade, a empresa resultante da fusão terá uma participação média de aproximadamente 28% do mercado pet no Brasil, um índice considerado abaixo do limite que exigiria a imposição de remédios. Isso significa que o órgão regulador entende que a operação não representa risco significativo à concorrência no setor.

A avaliação do Cade é fundamental para o andamento da fusão, que, se aprovada sem restrições, poderá fortalecer a posição da nova companhia no mercado brasileiro, ampliando sua capacidade de oferta e potencial competitivo frente a outros players do segmento pet.

Reação do mercado e perspectivas para as ações da Petz

A expectativa pela aprovação da fusão da Petz com Cobasi tem reflexos diretos nas ações da Petz. Segundo analistas do JPMorgan, a operação é o principal motor para a valorização dos papéis da empresa. Atualmente, as ações estão negociadas a cerca de 24 vezes o Preço/Lucro estimado para 2025, com recomendação neutra e preço-alvo mantido em R$ 5,25.

A possível aprovação pelo Cade, especialmente sem a imposição de remédios, deve ser bem recebida pelo mercado financeiro, que vinha acompanhando com atenção o processo regulatório. Essa sinalização positiva reforça a confiança dos investidores no potencial da empresa combinada.

Petlove pode recorrer, mas impacto no processo é limitado

Embora a decisão do Cade esteja próxima, a Petlove, que foi aceita como parte interessada no processo em abril, deve recorrer da aprovação e levar o caso ao tribunal administrativo do Cade. No entanto, fontes próximas ao processo indicam que esse recurso não deve alterar o desfecho da fusão.

A participação da Petlove representa um interesse concorrencial legítimo, mas o fato de a aprovação seguir sem remédios mostra que o Cade entende que a operação não compromete a dinâmica de competição no mercado.