Bolsa Família tem pagamento antecipado em dezembro a partir desta quarta-feira (10)

O Bolsa Família pagamento antecipado em dezembro começa nesta quarta-feira (10), garantindo que as famílias cadastradas recebam o benefício antes do Natal. A antecipação, anunciada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, beneficia 18,7 milhões de lares em todo o país e representa um investimento superior a R$ 12,74 bilhões. A medida tem como objetivo oferecer mais segurança financeira às famílias de baixa renda em um período de maior demanda por despesas, especialmente com alimentação, transporte e cuidados domésticos.

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O pagamento antecipado do Bolsa Família foi programado para assegurar que os recursos cheguem aos beneficiários ainda antes das festividades de fim de ano. De acordo com o governo federal, os repasses começam no dia 10 de dezembro, seguindo a ordem do último dígito do NIS (Número de Identificação Social), como ocorre mensalmente.

O benefício médio pago em dezembro é de R$ 691,37 por família, alcançando cerca de 48,92 milhões de pessoas em todo o território nacional. O governo destaca que a antecipação não altera a estrutura do calendário escalonado, mas facilita o acesso ao dinheiro em um mês marcado por despesas sazonais mais altas.

Famílias que vivem em municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência recebem o valor já no primeiro dia do cronograma, mantendo a política de atendimento prioritário em regiões mais vulneráveis.

Regra de Proteção ganha novas famílias em dezembro

Além do inicio antecipado, o mês de dezembro traz outro destaque no programa: 169,9 mil famílias passaram a integrar a Regra de Proteção, mecanismo criado para incentivar o aumento de renda sem risco imediato de perda do benefício.

A regra funciona assim: quando a renda por pessoa ultrapassa R$ 218, mas ainda não excede R$ 706, a família pode continuar recebendo 50% do valor do Bolsa Família durante um período de 12 meses. Essa transição permite que famílias que conquistaram empregos formais ou ampliaram sua renda informal mantenham um nível básico de segurança financeira enquanto se estabilizam.

Com a inclusão das novas famílias, o total de beneficiários na Regra de Proteção chega a 2,33 milhões, mostrando avanço na mobilidade social dentro do programa.

Públicos prioritários recebem atenção reforçada

O governo mantém como foco a ampliação da rede de proteção social aos grupos considerados mais vulneráveis. Neste mês, 1,82 milhão de famílias pertencentes a públicos prioritários serão contempladas. Entre elas estão:

243,43 mil famílias indígenas
285,07 mil famílias quilombolas
390,79 mil famílias de catadores de materiais recicláveis
247,66 mil famílias com pessoas em situação de rua
647,70 mil famílias em risco de insegurança alimentar

Esses grupos têm prioridade para ingressar e permanecer no programa, desde que atendam às regras estabelecidas.

Benefícios adicionais reforçam a proteção social

A estrutura do Bolsa Família inclui uma cesta de benefícios adicionais voltada para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes. Esses valores complementares são fundamentais para garantir nutrição adequada, acesso à escola e cuidado com gestantes e bebês — especialmente em um mês com pagamento antecipado.

Entre os principais benefícios estão:

Benefício Primeira Infância (BPI): R$ 150 mensais para 8,4 milhões de crianças de até 7 anos, totalizando R$ 1,19 bilhão.
Benefício Variável Familiar Criança (BV): R$ 50 para 11,3 milhões de crianças e adolescentes de 7 a 16 anos.
Benefício Variável Familiar Adolescente (BVA): R$ 50 para 3,10 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos.
Benefício Variável Gestante (BVG): R$ 29,27 milhões destinados a 627 mil gestantes.
Benefício Variável Nutriz (BVN): R$ 21,98 milhões para 460 mil responsáveis por bebês de até seis meses.

Quem recebe o Bolsa Família no Brasil: perfil dos beneficiários

O levantamento do governo mostra que mulheres representam a maioria dos beneficiários: são 28,72 milhões, o equivalente a 58,71% do total. Entre os responsáveis familiares, a presença feminina é ainda maior, chegando a 84,37% dos lares.

Outro dado relevante é que pessoas pretas ou pardas representam 73,29% dos beneficiários, o que corresponde a mais de 35,85 milhões de indivíduos. Esses números evidenciam o papel do programa na redução de desigualdades sociais e raciais.