O Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ações do Banco do Brasil (BBAS3) de R$ 25 para R$ 23, mantendo recomendação neutra (marketperform) diante das perspectivas de maior pressão sobre o crédito e lucros limitados nos próximos trimestres.

Segundo relatório da equipe de análise liderada por Pedro Leduc, os riscos vão além do setor agrícola e atingem também pequenas e médias empresas (PMEs) e pessoas físicas, com tendência de aumento da inadimplência em um cenário de desaceleração econômica e juros elevados.

No acumulado de 2025, ações BBAS3 do Banco do Brasil já registram queda próxima de 26%, refletindo resultados mais fracos e incertezas regulatórias, como possíveis efeitos de sanções internacionais relacionadas à Lei Magnitsky. Para os analistas, mesmo com o múltiplo preço/lucro em 0,6 vez e dividendos estimados entre 4% e 5%, a atratividade segue limitada devido ao momentum frágil e à baixa visibilidade dos lucros.

O BBA revisou para baixo suas estimativas para o biênio fiscal 2025/2026 em até 20%, projetando retorno sobre patrimônio líquido (ROE) abaixo do custo de capital próprio, o que justifica a cautela com o ativo. A expectativa é de margens financeiras pressionadas, provisões mais altas e crescimento de NPLs (créditos em atraso) até 2026.

No comparativo entre grandes bancos, o Bradesco (BBDC4) foi apontado como a preferência do Itaú BBA, com recomendação outperform (compra), por apresentar perspectivas mais sólidas frente ao cenário desafiador do setor.

Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Linkedin

Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.