A XP iniciou 2024 implementando uma significativa mudança em sua estrutura organizacional, conforme autorizado pelo Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central: o controle societário da empresa foi oficialmente transferido para o Banco XP, pertencente ao mesmo grupo.

Segundo a decisão publicada hoje no Diário Oficial da União, a XP Investimentos, por meio da incorporação das ações, passa a ser uma subsidiária integral do Banco XP, conforme deliberado em uma assembleia geral extraordinária (AGE) realizada em 1º de novembro do ano passado.

O Banco Central também deu aval para a elevação do capital do Banco XP, que saltou de R$ 1,610 bilhão para R$ 9,752 bilhões.

Histórico da criação do Banco XP

O Grupo XP Investimentos, fundado em 2001, recebeu a aprovação do Banco Central para estabelecer o Banco XP no final de 2018. A instituição iniciou suas operações na segunda metade do ano seguinte, em 2019. Na época, a corretora mantinha uma forte ligação com o Itaú (ITUB4), que detinha quase metade (49%) de seu capital.

No balanço do terceiro trimestre de 2023, a XP Investimentos registrou um lucro líquido de R$ 1,087 bilhão, representando um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2022.

Desempenho Financeiro e Receitas Diversificadas

No segmento de varejo, a receita total atingiu mais de R$ 3,179 bilhões, sendo cerca de R$ 2,270 bilhões (71,4%) provenientes das atividades da corretora, incluindo negociações em renda variável, renda fixa, plataforma de fundos e previdência.

Por outro lado, 10,8% da receita (R$ 344 milhões) originaram-se de atividades relacionadas ao setor bancário, como cartões, crédito e seguros.

Além do varejo, o Banco XP contribuiu para a receita institucional e outras categorias, incluindo receitas institucionais (R$ 396 milhões), outras receitas (R$ 281 milhões) e receitas de grandes empresas e mercados de capitais (R$ 519 milhões).

Perspectiva futura e impactos potenciais

A mudança na estrutura organizacional da XP Investimentos, com a transferência para o banco do mesmo grupo, pode acarretar alterações significativas para a instituição, incluindo mudanças regulatórias e requisitos de capital.

Atualmente, o Banco Central classifica a XP como pertencente à categoria S3, com R$ 233,4 bilhões em ativos, caracterizando-a como uma instituição de médio porte, com ativos entre 0,1% e 1,0% do PIB.

Com informações de Suno