O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a renúncia de Everton Luís Kapfenberger do cargo de Diretor de Agronegócios e Agricultura Familiar, com efeito imediato. Para substituí-lo, o banco indicou Alberto Martinhago Vieira, conforme estipulado em seu Estatuto Social.

Funcionário de carreira no Banco do Brasil há 24 anos, Martinhago atuava como Diretor Comercial Alto Varejo desde maio de 2023. Ele é formado em Administração de Empresas pela Fundação Educacional Barriga Verde e possui especialização em Gestão da Experiência do Consumidor pela ESPM, além de um MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria pela FGV. Também participou do Programa de Gestão Avançada da ISE Business School.

Ao longo de sua trajetória profissional, Martinhago ocupou diversas posições estratégicas no BB, incluindo a função de Gerente Geral da Unidade de Clientes MPE em 2022. Sua experiência abrange áreas como negócios, estratégia nos segmentos de Pessoa Física, Agro, Jurídica e Governo.

Em 2017, foi aprovado no Programa de Ascensão de Executivos do BB e, em 2018, assumiu uma posição executiva na Diretoria de Varejo do Sudeste. Além disso, é Conselheiro Fiscal da Cassi e Conselheiro da BB Consórcios S.A.

Cenário dos dividendos do BB

Vale destacar que o Banco do Brasil divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024, com um lucro líquido de R$ 9,7 bilhões, superando as expectativas do mercado. 

No entanto, junto com os números positivos, o banco anunciou uma revisão do guidance que pode gerar preocupações: a instituição aumentou sua previsão de gastos com provisões para perdas com inadimplência. 

Dessa maneira, o intervalo passou de R$ 30 bilhões a R$ 27 bilhões para R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões para 2024.

No primeiro semestre, o banco já provisionou R$ 16,3 bilhões, e essa deterioração no cenário já havia sido antecipada pelos analistas e pelo próprio Banco do Brasil. A necessidade de maiores provisões reflete o aumento do risco de inadimplência, que o banco vinha alertando em seus relatórios anteriores.

Geovanne Tobias, diretor de Relações com Investidores do Banco do Brasil, tranquilizou os investidores afirmando que o aumento das provisões não deve ser motivo de preocupação.

Segundo ele, esse impacto será compensado pela elevação das margens financeiras, que tiveram uma revisão positiva, passando de uma faixa anterior de 7% a 11% para 10% a 13%. Essa elevação nas margens reflete o bom desempenho do banco em geração de receita, o que deve equilibrar os custos maiores com provisões e manter os resultados financeiros sólidos ao longo de 2024.

“Acreditamos que entregando o lucro que propomos no guidance, os dividendos não vão ser impactados, mesmo com o aumento das provisões. O que é importante é que o aumento da provisão está sendo contrabalançado com o aumento dos negócios”, afirmou. 

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.