China reduz taxas de juros para estimular a economia
O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou nesta quinta-feira (15) uma redução nos juros da linha de empréstimo de médio prazo (MLF) para um ano, diminuindo de 2,75% para 2,65%. Essa medida ocorre após a recente redução dos juros de recompra reversa de sete dias para 1,9% na segunda-feira (12). Essas ações reforçam as […]
O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou nesta quinta-feira (15) uma redução nos juros da linha de empréstimo de médio prazo (MLF) para um ano, diminuindo de 2,75% para 2,65%. Essa medida ocorre após a recente redução dos juros de recompra reversa de sete dias para 1,9% na segunda-feira (12). Essas ações reforçam as expectativas de que a autoridade monetária chinesa esteja planejando reduzir as taxas de referência de empréstimos (LPRs) na próxima semana.
Para impulsionar a liquidez no mercado, o PBoC injetou 237 bilhões de yuans (US$ 33,08 bilhões) por meio da linha de crédito de médio prazo de um ano, com uma taxa de juros de 2,65%. Além disso, eles também injetaram 2 bilhões de yuans por meio de um acordo de recompra reversa de sete dias, mantendo a taxa de juros em 1,9%.
As medidas têm como objetivo estimular a economia chinesa, facilitando o acesso ao crédito e reduzindo o custo de empréstimos para empresas e consumidores. A redução das taxas de juros pode encorajar investimentos e impulsionar o consumo, fornecendo um impulso adicional para o crescimento econômico do país.
Segundo corte da semana na China
A redução da taxa de juros pode resultar em uma diminuição das taxas de empréstimos de referência (LPRs), já que a ação é uma resposta aos recentes indicadores econômicos da China, que mostram sinais de enfraquecimento na segunda maior economia do mundo. A decisão sobre as taxas principais será anunciada na terça-feira da próxima semana, dia 20.
O PBoC injetou 2 bilhões de yuans (US$ 279,9 milhões) no mercado financeiro por meio de acordos de recompra reversa de sete dias, com uma taxa de juros de 1,9%, inferior à taxa anterior de 2%.
A medida foi tomada após o presidente do PBoC, Yi Gang, afirmar na semana passada que o banco central intensificará os ajustes “anticíclicos” e reduzirá ainda mais os custos de financiamento para estimular a economia.
Dados econômicos recentes indicam que a recuperação pós-pandemia na China perdeu impulso sem os estímulos do governo, após uma forte retomada no início deste ano.
Os cortes recentes nas taxas de depósito pelos bancos comerciais chineses também aumentaram a probabilidade de um corte na taxa básica de juros neste mês, uma vez que essa redução nas taxas de depósito pode resultar em margens de juros menores para os credores, segundo economistas.
Com Estadão Conteúdo