Presidente da Câmara dos Deputados elogia Banco Central independente
Na última quarta-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, elogiou o modelo do Banco Central (BC) independente. Lira afirmou que o momento atual exige uma “trégua”, em referência às tensões entre governo e entidades monetárias. “Já coloquei publicamente que o modelo do BC independente é adequado e correto. Quem cuida da autoridade […]

Na última quarta-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, elogiou o modelo do Banco Central (BC) independente. Lira afirmou que o momento atual exige uma “trégua”, em referência às tensões entre governo e entidades monetárias.
“Já coloquei publicamente que o modelo do BC independente é adequado e correto. Quem cuida da autoridade monetária brasileira, da taxa básica de juros, perspectiva de inflação e protege nossa moeda é o Banco Central. É bom para o País e é bom para o governo”, afirmou Lira, em entrevista à GloboNews.
O presidente da Câmara disse que um clima mais tranquilo pode contribuir para o Congresso dar andamento a “matérias que vão dar credibilidade para que a queda dos juros aconteça naturalmente”.
O que é o Banco Central independente?
A ideia de “Banco Central independente” significa que o órgão e seus diretores têm liberdade para executar as políticas monetárias sem interferência do governo.
No Brasil, é o presidente da república que indica o presidente do Banco Central e a maior parte dos diretores. Após a nomeação, os indicados são sabatinados pelo Senado e podendo ser aprovados ou não.
Esta prerrogativa do Executivo é fonte de controvérsias há décadas, desde o fim da ditadura militar e início da redemocratização do país.
Para muitos especialistas, a legislação permite a interferência política do Planalto em decisões de política econômica.
Isto ocorre porque as agendas política e econômica, ainda que intrinsecamente relacionadas, podem divergir em relação ao melhor caminho para o crescimento e desenvolvimento do país.
Desta forma, há um movimento entre economistas que defendem a autonomia do Banco Central para tomar decisões técnicas sem receio de represálias ou exonerações por parte do governo federal.
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