Bandeira amarela foi acionada para julho, veja os impactos na conta de luz
A partir de julho, os consumidores brasileiros enfrentarão uma nova realidade nas suas contas de energia elétrica, com o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a ativação da bandeira tarifária amarela. Esta decisão vem em resposta à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento projetado na demanda por energia até […]

A partir de julho, os consumidores brasileiros enfrentarão uma nova realidade nas suas contas de energia elétrica, com o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a ativação da bandeira tarifária amarela. Esta decisão vem em resposta à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento projetado na demanda por energia até o final do ano.
Motivos do acionamento da bandeira amarela
A decisão da Aneel de acionar a bandeira amarela para o mês de julho se baseia em projeções preocupantes para o abastecimento hídrico do país. Com uma estimativa de chuvas 50% inferiores à média histórica e um inverno previsto com temperaturas acima do normal, há uma redução na disponibilidade de água nos reservatórios das hidrelétricas. Isso implica na necessidade de maior acionamento das termelétricas, cujo custo de geração é significativamente mais elevado do que o das hidrelétricas.
Impacto na conta de luz
Para o consumidor final, a bandeira amarela resultará em um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Isso representa um aumento estimado de cerca de 2,6% na conta de luz residencial. Além disso, esse incremento terá um impacto direto de 0,10 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), previsto para ser sentido já no próximo mês.
Contexto das bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi introduzido no Brasil em 2015 como uma medida para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Antes desse sistema, os custos adicionais eram repassados aos consumidores somente no momento do reajuste anual das tarifas, com incidência de juros. Com as bandeiras tarifárias, esses custos são ajustados mensalmente através da chamada “conta Bandeiras”, buscando mitigar os impactos financeiros das distribuidoras de energia.
Mecanismos de gatilho para mudança de bandeira
A mudança na cor da bandeira tarifária, que vai do verde (condições favoráveis) ao vermelho (situação mais crítica), depende de três principais gatilhos: o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), o nível de risco hidrológico (GSF) e a geração fora do mérito de custo (GFOM). Para o mês de julho, o acionamento da bandeira amarela se deve ao aumento do PLD e ao risco hidrológico elevado, que indicam uma menor capacidade de geração hidrelétrica e maior necessidade de uso das termelétricas.