Conclusões após a manutenção da taxa de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta quarta-feira (22) a informação de que a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) permanecerá a 13,75% ao ano, um patamar considerado elevado. Entretanto, a manutenção da Selic já era esperada por especialistas do mercado. A expectativa está em torno das possíveis consequências […]

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta quarta-feira (22) a informação de que a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) permanecerá a 13,75% ao ano, um patamar considerado elevado.
Entretanto, a manutenção da Selic já era esperada por especialistas do mercado. A expectativa está em torno das possíveis consequências da manutenção da Selic para a economia brasileira.
Segundo analistas do mercado, a decisão do Copom traz informações importantes:
Os juros devem seguir sem diminuição
Embora muitos esperassem que o Banco Central (BC) anunciasse quando começaria a reduzir a taxa de juros básica, chamada de Selic, em seu último comunicado, a instituição não forneceu nenhuma indicação clara de que isso ocorreria em breve.
Segundo o economista da XP Investimentos, Rodolfo Margato, algumas partes do comunicado enfatizam que o BC está mantendo uma postura mais firme em relação à inflação. Uma das principais declarações é quando o BC afirma que está “vigilante” e avaliando se manter a Selic por um período mais longo será suficiente para garantir que a inflação fique sob controle.
“Há uma deterioração adicional das expectativas de inflação, especialmente em prazos mais longos, além da avaliação de desancoragem das expectativas de longo prazo, que elevam o custo da desinflação, necessária para que as metas sejam atingidas”, afirmou o economista.
Expectativa de alta na inflação para 2023 e 2024
Ainda que os preços ao consumidor tenham alcançado uma taxa menor nos últimos meses (5,6% em fevereiro), as expectativas de que a inflação continue aumentando pioraram desde a última reunião, no início do ano.
O Banco Central piorou suas estimativas para a inflação. A autoridade monetária informou que, em seu cenário de referência, as estimativas para a inflação estão em 5,8% para 2023 (contra 5,6% na reunião anterior) e 3,6% em 2024 (ante 3,4%).
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