Haddad sinaliza saída do governo no início de 2026 e vira peça-chave nas articulações do PT
Haddad confirma que deve deixar o governo no início de 2026 e passa a ser peça central nas articulações do PT para a eleição presidencial
REUTERS/Jorge Silva
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que pretende deixar o governo no início de 2026, movimento que já provoca intensas articulações políticas nos bastidores do Partido dos Trabalhadores (PT).
A previsão é que a saída ocorra antes de março, abrindo espaço para uma possível atuação direta na estratégia eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Durante participação na inauguração do SBT News, em São Paulo, Haddad comentou o cronograma de forma descontraída, indicando que o desligamento deve acontecer “um pouco antes de março”. A decisão está alinhada à legislação eleitoral e à possibilidade de envolvimento mais ativo na campanha presidencial de 2026.
Haddad resiste a candidaturas, mas não descarta missão política
Apesar da pressão interna do PT para que dispute cargos majoritários, Haddad tem resistido, ao menos publicamente, à ideia de concorrer ao governo de São Paulo ou ao Senado. Ainda assim, aliados afirmam que um pedido direto de Lula poderia mudar o cenário. Caso decida disputar as eleições, o ministro terá de se desincompatibilizar do cargo até o início de abril.
Em declarações anteriores, Haddad já havia sinalizado que pode contribuir com a reeleição de Lula fora das urnas, atuando na coordenação da campanha ou na formulação do programa de governo.
Vice em 2026 entra no radar do PT
Nos bastidores, cresce a discussão sobre a possibilidade de Haddad integrar uma eventual chapa presidencial como vice de Lula em 2026. O tema ganhou força durante encontros informais realizados em um evento político em São Paulo, que reuniu lideranças petistas e aliados históricos do presidente.
Parte do partido avalia que Haddad agregaria densidade política e econômica à chapa. Outro grupo, no entanto, defende que o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, poderia disputar o governo paulista, enfrentando o governador Tarcísio de Freitas ou um sucessor indicado.
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