Como o encerramento das atividades do Silicon Valley Bank impacta o mercado brasileiro
Na última sexta-feira (10) as autoridades americanas divulgaram que Silicon Valley Bank (SVB), principal banco financiador de startups do ramo da tecnologia encerrou suas atividades, deixando muitos clientes e investidores sem resposta. O colapso começou quando, em decorrência do aumento de juros, o SVB decidiu iniciar uma liquidação da sua carteira de títulos, o que […]

Na última sexta-feira (10) as autoridades americanas divulgaram que Silicon Valley Bank (SVB), principal banco financiador de startups do ramo da tecnologia encerrou suas atividades, deixando muitos clientes e investidores sem resposta.
O colapso começou quando, em decorrência do aumento de juros, o SVB decidiu iniciar uma liquidação da sua carteira de títulos, o que ocasionou em perdas que chegaram a 9,4 bilhões de reais, segundo o Financial Times.
A partir dessas perdas, o banco anunciou planos para levantar cerca de US$2,3 bilhões (R$12 bilhões) em capital novo para manter as portas abertas. As agências de crédito reduziram as classificações de crédito do SVB, fazendo com que as ações caíssem mais de 60% na quinta-feira (9).
Enquanto isso, clientes e empresas de capital de risco iniciaram a tentativa de sacar o seu dinheiro. Na manhã de sexta-feira (10), a negociação de ações da SVB foi interrompida e ela abandonou os esforços para levantar capital rapidamente. Os reguladores da Califórnia intervieram, fechando o banco e colocando-o em liquidação sob o FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation.
Impacto no mercado brasileiro
A perspectiva para o impacto da quebra do SVB no mercado brasileiro é favorável. Durante o evento “E agora, Brasil? A reforma tributária e os desafios econômicos do Brasil”, realizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que dificilmente haverá um aumento nas taxas de juros no mundo e que o Brasil tem uma “gordura” para possivelmente reduzir a Selic, atualmente fixada a 13,75% ao ano.
“Estamos em sintonia fina com os bancos brasileiros e com o presidente do Banco Central. Vamos ter mais clareza ao longo do dia”, assegurou. O ministro também reforçou que o sistema bancário brasileiro é “muito robusto” e enalteceu a governança e regulação interna do setor.