Boletim Focus: mercado aponta crescimento da economia em 0,84% em 2023
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, indicou que o mercado financeiro prevê um crescimento na economia brasileira em 2023 de 0,84%, estimativa que antes era de 0,8%. A pesquisa, que é publicada semanalmente pelo Banco Central (BC), também apontou que para 2024, há uma expectativa de crescimento de 1,5% no Produto Interno […]

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, indicou que o mercado financeiro prevê um crescimento na economia brasileira em 2023 de 0,84%, estimativa que antes era de 0,8%.
A pesquisa, que é publicada semanalmente pelo Banco Central (BC), também apontou que para 2024, há uma expectativa de crescimento de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma do país de todos os seus bens e serviços produzidos.
Já para 2025 e 2026, de acordo com o Boletim Focus, o crescimento esperado pelo mercado financeiro no PIB é de 1,8% e 2%, respectivamente.
IPCA de acordo com Boletim Focus
O previsto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país, sofreu uma pequena variação para cima, saindo de 5,89% para 5,9% no esperado para 2023.
Para 2024, a expectativa de inflação ficou em 4,02%. E em 2025 e 2026, as previsões entregam 3,8% e 3,75%, de modo respectivo.
Previsão da inflação para 2023 acima do teto
O Banco Central deve continuar perseguindo a meta de 3,25% para este ano, já que de acordo com o novo boletim, a previsão para 2023 está acima do teto previsto. O intervalo de tolerância, no entanto, é de 1,5 ponto percentual, tanto para cima quanto para baixo.
Ainda de acordo com a instituição, o IPCA vem sendo puxado principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos e combustíveis.
Taxa Selic: projeções do Boletim Focus
O Banco Central vem utilizando a taxa básica de juros da economia, a Selic, que hoje se encontra em 13,75% ao ano, como um mecanismo para alcançar a meta da inflação, já que com as projeções para 2023 e 2023, o BC entende que os juros podem ficar em patamares mais elevados por um tempo mais longo do que o previsto.
Inclusive, o Comitê de Política Monetária (Copom), que faz parte do Banco Central e é quem define a taxa de juros, segue sem descartar possíveis elevações na Selic nas próximas reuniões, caso a inflação não acene um ajuste focado na meta definida.
A taxa básica de juros está em 13,75% desde agosto de 2022, e o número corresponde ao seu maior nível desde janeiro de 2017. No entanto, de acordo com o mercado financeiro, existe a expectativa de que a Selic termine 2023 em 12,75% ao ano.
Selic como forma de controlar a inflação
Sempre que o Copom decide, por exemplo, aumentar a taxa básica de juros, a demanda aquecida no país acaba sendo contida, uma vez que os juros altos encarecem a oferta de crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom opta por diminuir a Selic, o esperado é que o crédito fique que mais acessível, o que incentiva produção e consumo no país. Isso também diminui o controle sobre a inflação e contribui como um estímulo na atividade econômica.
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