O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (17), durante um evento voltado à organização da Copa do Mundo de 2026, que não descarta tropas na Venezuela ou um ataque ao México para combater o tráfico de drogas. As declarações, feitas em solo americano, intensificaram tensões diplomáticas e reacenderam o debate sobre o papel dos EUA na segurança regional.

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Em resposta a questionamentos sobre a crescente presença militar americana no Caribe, Trump afirmou que “não descarta nada” quando o assunto é o enfrentamento ao narcotráfico. Segundo ele, a mobilização de embarcações e forças navais no entorno da Venezuela tem como objetivo direto sufocar rotas do tráfico internacional que, de acordo com o republicano, representam ameaça direta aos Estados Unidos.

O comentário foi feito diante da imprensa, em uma coletiva realizada nos EUA, e acrescentou um novo elemento à relação já frágil entre Washington e Caracas. Ao reforçar que “não é fã do governo venezuelano”, Trump sugeriu que ações militares podem ser consideradas caso a Casa Branca avalie que o fluxo de drogas aumente ou que o país vizinho se torne um ponto de apoio para organizações criminosas.

Ataque ao México não está fora da mesa, diz Trump

Além da Venezuela, Trump também foi questionado sobre o clima de tensão na fronteira com o México — um dos temas mais sensíveis de sua agenda. Ao ser perguntado se consideraria uma ação militar para conter o fluxo de drogas que entra pelos estados do sul, o presidente foi direto: se for necessário atacar o México para barrar o narcotráfico, ele está disposto a fazê-lo.

Trump afirmou que não teria qualquer impedimento para ordenar operações contra cartéis, justificando que a segurança nacional dos EUA vem antes de qualquer consideração diplomática. A fala foi recebida com cautela pelos representantes do governo mexicano, que tradicionalmente defendem cooperação bilateral em vez de ações unilaterais.

Trump menciona “orgulho” em atacar fábricas de drogas na Colômbia

A Colômbia também foi mencionada na coletiva. Trump declarou que “teria orgulho” de atacar fábricas de drogas no país, embora tenha dito que não existem planos imediatos para isso. A frase reforça o posicionamento agressivo do governo americano diante do crime organizado na região e indica um possível reposicionamento militar que, se colocado em prática, afetaria diretamente as relações históricas entre Washington e Bogotá.

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