A XP Inc. (XPBR31) divulgou nesta segunda-feira (17) um conjunto de resultados que reforça o ritmo acelerado de expansão da companhia. A empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,33 bilhão no terceiro trimestre de 2025 (3T25), renovando seu recorde histórico e registrando um avanço de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números foram apresentados ao mercado acompanhados de crescimento na receita, evolução na base de clientes e maior participação em segmentos estratégicos.

O desempenho confirma a trajetória consistente da plataforma, que segue ampliando sua presença no varejo e no atacado. A divulgação ocorreu nos Estados Unidos, onde a XP é listada na Nasdaq, e no Brasil, por meio do BDR XPBR31. Mas, afinal, o que explica o resultado robusto, como ele foi alcançado e por que é relevante para o mercado financeiro?

Leia também:

No centro do balanço está o lucro de R$ 1,33 bilhão, impulsionado por maior eficiência operacional e crescimento de receitas. O lucro por ação (EPS) também avançou 13% em um ano, reflexo direto do programa de recompra e cancelamento de ações — estratégia que reduz o número de papéis em circulação e aumenta proporcionalmente o valor por ação dos investidores que permanecem na base.

A rentabilidade permaneceu em patamares elevados. O ROTE ajustado ficou em 28%, praticamente estável ante os 28,4% de um ano antes, enquanto o ROAE ajustado fechou em 23%. Ambos os indicadores mostram que a XP gera retorno acima do padrão do setor, ao mesmo tempo em que mantém disciplina de capital.

A receita bruta somou R$ 4,9 bilhões, um avanço de 9% na comparação anual. Esse crescimento foi puxado especialmente pelo desempenho do atacado e da estratégia de cross-sell no varejo — uma das principais alavancas da companhia nos últimos anos.

Desempenho dos segmentos: varejo segue forte e atacado dispara

O varejo continua sendo o maior motor da XP Inc. (XPBR31). A receita do segmento chegou a R$ 3,7 bilhões, alta de 6% em relação ao 3T24. Os destaques ficaram por conta das verticalizações de seguros (+21%), previdência (+24%) e crédito (+11%), que reforçam a diversificação de produtos e fortalecem o relacionamento com os clientes.

No atacado, o salto foi ainda mais expressivo. A receita atingiu R$ 729 milhões, uma expansão anual de 32%, favorecida pelo desempenho sólido em Corporate & Issuer Services. Essa aceleração reforça o posicionamento da XP como uma das principais casas de mercado de capitais e serviços corporativos do país.

Ativos de clientes e captação: XP Inc. (XPBR31) supera R$ 1,9 trilhão em patrimônio

Outro destaque significativo do trimestre foi o avanço nos ativos de clientes, ativos sob gestão (AuM) e ativos sob administração (AuA). A XP encerrou o trimestre com R$ 1,9 trilhão, crescimento de 16% frente ao mesmo período de 2024.

Dentro desse montante, os ativos de clientes somaram R$ 1,4 trilhão, um avanço de 12% em um ano. O resultado foi influenciado por R$ 91 bilhões em captação líquida anual e R$ 63 bilhões decorrentes de apreciação de mercado.

A captação líquida do trimestre foi de R$ 29 bilhões, com destaque para o varejo, que trouxe R$ 20 bilhões — 30% acima do trimestre anterior. A XP também passou a incluir, desde 2025, os ativos de clientes institucionais na divulgação total, tornando os números mais completos e comparáveis internacionalmente.

Base de clientes, tecnologia e o avanço do modelo fee based

A base de clientes ativos encerrou o trimestre em 4,8 milhões, apoiada por uma estrutura crescente de profissionais. A rede de assessores já soma 18,2 mil especialistas, reforçando a estratégia da XP de combinar tecnologia, dados e atendimento personalizado.

A empresa destacou ainda o avanço do modelo fee based, que já representa 21% dos ativos do varejo. O formato, que substitui comissões por uma taxa fixa anual, busca maior transparência e melhor alinhamento de interesses entre investidores e assessores.

Mercado, capital e novas iniciativas corporativas

A XP manteve a liderança no segmento de broker dealer, com 17% de participação de mercado, e ficou em quarto lugar na distribuição de renda fixa. Além disso, encerrou o trimestre com índice de Basileia de 21,2%, demonstrando forte capacidade de absorção de riscos e continuidade de investimento.

Para reforçar a confiança dos investidores, a empresa anunciou um programa de recompra de ações de R$ 1 bilhão e ainda confirmou o pagamento de R$ 500 milhões em dividendos até o fim de 2025.

Segundo o CFO Victor Mansur, os resultados refletem “disciplina na gestão de capital, crescimento sustentável e capacidade de evolução contínua”.

Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Linkedin