A Oi ganhou um capítulo inédito (e improvável) na longa história de recuperação judicial. Nesta sexta-feira (14), a companhia voltou a ser negociada na B3 depois que a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a sentença que havia convertido a reestruturação da empresa em falência. E o retorno dos papéis não foi nada discreto.

A grande protagonista do dia foi a OIBR4, que renasceu no pregão como se tivesse recebido carga extra de energia. A ação preferencial chegou a saltar mais de 79% durante a tarde, enquanto a OIBR3 (que abriu o pregão em queda brusca) virou para o positivo pouco depois das 15h.

OIBR4 em alta: por que as ações da Oi dispararam após a reversão da falência?

Assim que a Oi anunciou a suspensão da sentença de falência, o mercado reagiu imediatamente. A volta à negociação reativou o apetite especulativo e trouxe de volta investidores que apostam em movimentos bruscos da ação.
No ambiente volátil que caracteriza a empresa, qualquer sinal de sobrevivência costuma ser suficiente para desencadear altas expressivas. Exatamente isso que OIBR4 entregou.

Por que a falência da Oi foi suspensa?

A Justiça do Rio determinou que a sentença de falência fosse suspensa até que os recursos apresentados por credores, como Itaú (ITBU4) e Bradesco (BBDC4), sejam avaliados.
Na prática, isso congela os efeitos da falência e mantém o caso sob responsabilidade da Recuperação Judicial, permitindo que a Oi continue operando conforme o plano aprovado anteriormente.

Para a OIBR4, isso significa que o pior cenário (a liquidação imediata) sai temporariamente do radar, e esse fôlego jurídico reacende algum otimismo.

Como a retomada das negociações impactou OIBR4 e OIBR3 na B3?

A reabertura do pregão trouxe uma montanha-russa clássica.

  • OIBR3 chegou a despencar mais de 27% na abertura, mas virou para alta de 5% na sequência.
  • OIBR4 abriu estável, voltou ao leilão e depois engrenou uma arrancada que beirou 80%.

A volatilidade extrema não é novidade para quem acompanha a companhia, mas, desta vez, o movimento ganhou força por conta da surpresa.

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OIBR4 é oportunidade ou risco?

Especialistas destacam que a suspensão da falência reduz o pânico e abre uma brecha para que investidores apostem em possíveis valorizações de curto prazo.
No entanto, a Oi continua com uma situação financeira delicada, histórico de incertezas e desafios significativos em sua operação; o que mantém OIBR4 como um ativo de risco elevado.

Para quem especula, movimentações como a desta sexta são justamente o tipo de oportunidade buscada. Já para investidores conservadores, o alerta segue aceso.

É importante lembrar que a suspensão da falência não encerra o caso. Os recursos ainda serão analisados, e o tribunal precisa decidir se a sentença original será confirmada ou definitivamente bloqueada.

Até lá, a Oi segue tocando o plano de recuperação judicial e as ações OIBR4 continuam expostas a decisões que podem mexer fortemente com seu preço a qualquer momento.

Em outras palavras: emoção garantida, previsibilidade zero.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.