Usiminas (USIM5) sofre forte queda com prejuízo bilionário no 3º trimestre
O resultado foi impactado por baixas contábeis de R$ 2,2 bilhões e ajustes fiscais de R$ 1,4 bilhão, refletindo desafios no mercado de siderurgia e custos elevados de produção.
Foto: Adobe Stock
As ações da Usiminas (USIM5) registraram queda nesta sexta-feira (24), após a companhia divulgar um prejuízo de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 184,6 milhões do mesmo período do ano anterior. Por volta das 13h58, os papéis da siderúrgica eram negociados a R$ 4,89, uma queda de 1,61% na B3, refletindo a reação do mercado aos resultados negativos.
O resultado negativo surpreendeu investidores, principalmente pelo impacto de baixas contábeis significativas e ajustes fiscais que pressionaram o desempenho da empresa.
Motivos do prejuízo da Usiminas (USIM5)
O prejuízo de R$ 3,5 bilhões registrado no terceiro trimestre foi impulsionado por dois fatores principais:
- Baixa contábil (“impairment”) de R$ 2,2 bilhões em ativos, que reduziu o valor contábil de determinados bens da companhia.
- R$ 1,4 bilhão referente à avaliação da recuperabilidade de impostos diferidos, afetando o resultado final do trimestre.
Esses ajustes são procedimentos contábeis comuns em empresas do setor industrial, mas a magnitude do impacto acabou revertendo completamente o lucro obtido no mesmo período do ano anterior.
Contexto de mercado e fatores externos
O desempenho negativo da Usiminas ocorre em um cenário desafiador para a siderurgia brasileira. Entre os principais fatores que influenciaram o resultado, destacam-se:
- Demanda interna fraca, devido à desaceleração do setor de construção e da indústria automobilística, principais consumidores de aço.
- Custos elevados de produção, incluindo insumos e energia, que pressionam margens e rentabilidade.
- Flutuações cambiais e volatilidade do mercado internacional, impactando a competitividade da empresa.
Segundo analistas do setor, a pressão sobre os preços do aço e a necessidade de ajustes contábeis têm sido uma tendência em várias siderúrgicas do país, incluindo Gerdau e CSN, que também enfrentam desafios semelhantes em seus resultados trimestrais.
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