As ações da Usiminas (USIM5) sofreram uma significativa desvalorização de 23% na última sexta-feira (26), e continuam a enfrentar pressão no início desta semana. Nesta segunda-feira (29), os papéis da empresa apresentaram uma nova queda de cerca de 5%, sendo negociados a R$ 6,01 até as 12h15. Esse movimento negativo reflete a reação do mercado aos resultados financeiros divulgados no final da semana passada e à perspectiva desafiadora para os próximos meses.

No segundo trimestre de 2024, o desempenho da Usiminas ficou aquém das expectativas do mercado. Segundo Guilherme Nippes, analista de siderurgia da XP, o resultado da empresa foi severamente impactado pelo setor de aço, que enfrenta condições adversas. Embora a área de mineração tenha registrado uma performance relativamente positiva, ajudando a mitigar parcialmente o impacto negativo, o segmento de aço continua sendo uma preocupação significativa para a empresa.

A visão para o terceiro trimestre de 2024 não é animadora. De acordo com Nippes, os custos da Usiminas continuarão a ser pressionados devido a uma série de fatores econômicos. A desvalorização do real frente ao dólar, combinada com a volatilidade persistente no mercado de aço, deve ter um impacto negativo no balanço da empresa. A expectativa é de que esses fatores mantenham os custos elevados e pressionem a rentabilidade da Usiminas.

Um dos principais fatores que têm pressionado os custos da Usiminas é a desvalorização do real em relação ao dólar. Essa situação tem afetado diretamente o custo das importações e das operações da empresa, elevando os custos gerais. A desvalorização cambial contribui para um ambiente financeiro mais desafiador, impactando negativamente a margem de lucro e a competitividade da empresa no mercado internacional.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.