Warren Buffett, conhecido como o “Oráculo de Omaha”, segue como uma das figuras mais influentes do mercado financeiro global. Por meio da holding Berkshire Hathaway (BERK34), criada em 1969 como veículo de investimentos, ele construiu um portfólio diversificado que movimenta trilhões de dólares. Agora, às vésperas de deixar o comando da empresa — sua saída do cargo de CEO está marcada para o fim de 2025 — Buffett acaba de realizar um de seus últimos grandes movimentos: a aquisição da Occidental Petroleum, por cerca de US$ 9,7 bilhões.

Esse passo reforça a presença da Berkshire em setores estratégicos como energia, seguros e transporte ferroviário, que historicamente sustentam parte relevante dos resultados da companhia.

Principais investimentos de Warren Buffett hoje

Ao longo de décadas, Warren Buffett ficou conhecido por priorizar empresas sólidas, com fluxo de caixa consistente e vantagens competitivas de longo prazo. O portfólio da Berkshire é dividido entre companhias controladas integralmente e participações minoritárias em gigantes globais.

Empresas controladas pela Berkshire Hathaway

  • Geico: Buffett investe na seguradora desde 1948 e assumiu controle total em 1995. A empresa é uma das bases do braço de seguros da Berkshire.
  • Duracell: comprada em 2014 por US$ 3 bilhões, a fabricante de baterias é considerada uma fonte estável de geração de caixa.

Participações minoritárias estratégicas

Entre os maiores investimentos de Warren Buffett estão marcas globais reconhecidas pelo público e pelo mercado:

  • Apple (AAPL34): maior posição da Berkshire, equivalente a 23,7% do portfólio. Buffett começou a investir na empresa em 2016, e apesar de ter reduzido parte da posição, a fabricante do iPhone segue como seu ativo mais relevante.
  • American Express (AXPB34): representa 16,5% da carteira, fruto de aportes iniciados em 1994.
  • Bank of America (BOAC34): banco americano responde por 10% do portfólio.
  • Coca-Cola (COCA34): desde 1988, Buffett é acionista da companhia de bebidas. Hoje, sua fatia vale cerca de US$ 26,4 bilhões.
  • Chevron (CHVX34): gigante do setor de energia, tem peso de 6,2% no portfólio.

Outras posições relevantes incluem Moody’s, Kraft Heinz, Chubb e Davita, além de investimentos internacionais em conglomerados japoneses como Itochu, Marubeni, Mitsubishi, Mitsui e Sumitomo.

A força da Berkshire Hathaway

A história da Berkshire Hathaway ajuda a entender a visão de longo prazo de Warren Buffett. Originalmente uma empresa têxtil, a companhia chamou a atenção do investidor nos anos 1960, quando suas ações estavam descontadas. Em 1969, Buffett assumiu o controle e iniciou a transformação em holding de investimentos.

As operações têxteis se encerraram em 1985, mas foi a estratégia de reinvestir em companhias sólidas que levou a Berkshire a se tornar um império. Em agosto de 2024, a empresa alcançou US$ 1 trilhão em valor de mercado, marca que mantém desde então. Em outubro de 2025, o valor somava US$ 1,07 trilhão, com caixa recorde de US$ 344,1 bilhões.

Por que Warren Buffett escolhe esses investimentos?

A filosofia de Buffett se baseia em alguns princípios:

  1. Negócios previsíveis: empresas que conseguem gerar caixa em diferentes ciclos econômicos.
  2. Marcas fortes: ativos como Apple e Coca-Cola têm presença consolidada e vantagem competitiva.
  3. Gestão confiável: Buffett costuma destacar que prefere investir em empresas bem administradas, mesmo que o setor seja desafiador.
  4. Visão de longo prazo: diferentemente de investidores que buscam ganhos rápidos, ele privilegia companhias capazes de entregar valor por décadas.

Essa abordagem explica a concentração em setores como tecnologia, finanças, energia e consumo, além da entrada em conglomerados japoneses que diversificam a exposição da Berkshire em diferentes segmentos da economia global.

Buffett em transição

Com 95 anos, Warren Buffett prepara a sucessão na Berkshire Hathaway. Sua saída do cargo de CEO em 2025 encerra um ciclo de mais de meio século à frente da holding. No entanto, o legado deixado por ele continua refletido no portfólio, que permanece como um guia para investidores que buscam segurança e visão estratégica no mercado.

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