O Itaú Unibanco iniciou uma onda de demissões que ganhou repercussão nacional nesta segunda-feira (8). O banco não confirmou números, mas o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região afirma que os desligamentos podem chegar a quase 1 mil funcionários. A justificativa da instituição é baixa produtividade no regime de trabalho remoto.

Banco Itaú não confirma total de demitidos

Com mais de 95 mil funcionários em seu quadro, sendo 85,7 mil no Brasil, o Itaú alegou em nota que os desligamentos ocorreram após “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. A instituição destacou que foram identificados “padrões incompatíveis com os princípios de confiança” e que as medidas fazem parte de sua estratégia de gestão.

Segundo o banco, 60% da equipe atua em regime híbrido, com exigência de oito idas ao escritório por mês, enquanto 40% está no modelo presencial.

Sindicato denuncia “demissões em massa”

A posição do Itaú não convenceu o sindicato da categoria. Em comunicado, a entidade repudiou o movimento e classificou como “inaceitável” a decisão de desligar funcionários em meio a lucros recordes.

“É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’”, afirmou o sindicato.

A nota lembra que, apenas no último semestre, o banco registrou lucro de R$ 22,6 bilhões. A entidade também criticou a falta de diálogo e disse que o processo reforça a pressão sobre trabalhadores do setor.

Pressão por responsabilidade social

O sindicato informou ainda que não foi chamado para discutir alternativas de realocação e promete intensificar protestos contra as demissões. O movimento sindical deve cobrar mais responsabilidade social do Itaú, destacando que os ganhos com digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e não em cortes de pessoal.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.