Housi: startup de moradia por assinatura quer ditar tendências no mercado imobiliário
Housi deve faturar R$ 600 mi em 2025 com moradia por assinatura, modelo digital e asset light que atrai investidores no setor imobiliário.

A Housi, startup brasileira de moradia por assinatura, deve encerrar 2025 com faturamento próximo de R$ 600 milhões, segundo projeção do CEO Alexandre Frankel. Criada em 2019 como spin-off da incorporadora Vitacon, a companhia já opera com lucro há mais de três anos e aposta em um modelo digital para escalar o negócio no setor imobiliário.
A proposta de transformar moradia em serviço surgiu da demanda de investidores que compravam imóveis compactos da Vitacon, mas não queriam lidar com a gestão de aluguel, mobília e contas. Hoje, 99% das locações acontecem online e incluem Wi-Fi, limpeza e utensílios, em um sistema semelhante ao de streaming: assinatura mensal e zero burocracia.
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Da Vitacon à Housi: como nasceu a moradia por assinatura
A trajetória de Alexandre Frankel no setor começou antes da Housi, com a Vitacon, incorporadora focada em apartamentos compactos e bem localizados em São Paulo. O modelo de moradia conectada à mobilidade urbana enfrentou resistência inicial de bancos e imobiliárias, mas se consolidou com a mudança no comportamento dos moradores.
Em entrevista ao InfoMoney, Frankel afirmou que a ideia da Housi nasceu ao perceber que investidores buscavam rentabilidade, mas não tinham interesse em administrar imóveis. “O conceito de moradia por assinatura surgiu para simplificar tudo: pagamento recorrente, apartamento pronto e digitalização do processo”, disse.
Pandemia, licenciamento de tecnologia e expansão acelerada
O início da Housi coincidiu com a pandemia, o que derrubou a demanda de locações e levou a receita “praticamente a zero”. Porém, o piloto de licenciamento de marca e tecnologia para incorporadoras parceiras mudou o rumo da empresa. Segundo Frankel, as vendas explodiram e os estoques de imóveis se esgotaram em um fim de semana.
Esse modelo de expansão se mostrou escalável, permitindo à Housi operar sem a necessidade de capital intensivo em ativos, estratégia conhecida como asset light.
Como funciona o modelo de negócios da Housi
Atualmente, a Housi conecta moradores, investidores e fornecedores de serviços dentro dos prédios, capturando receita sobre cada transação realizada. O portfólio inclui lavanderias, coworkings, adegas automatizadas, minimercados e serviços sob demanda.
A companhia aposta também na chamada “economia prateada”. Em São Paulo, lançou um projeto de Senior Living no bairro de Higienópolis, focado em tecnologia, praticidade e apoio à longevidade.
O que os investidores devem acompanhar
O avanço da Housi reflete tendências globais de transformação do setor imobiliário, que já passa por digitalização, novos hábitos de moradia e crescimento da economia de assinatura. O modelo asset light reduz custos operacionais, amplia margens e aumenta a escalabilidade.
Para o mercado, a expansão da Housi mostra como o setor imobiliário pode gerar oportunidades de investimento além da compra tradicional de imóveis.
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