Ações da Embraer (EMBR3) disparam após decreto dos EUA que exclui aeronaves do tarifaço
As ações da Embraer (EMBR3) registraram forte alta na B3 após o governo dos EUA anunciar decreto que exclui aeronaves e peças brasileiras do tarifaço, mantendo tarifa de 10%.

As ações da Embraer (EMBR3) registraram forte alta na B3 nesta quarta-feira (data atual), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um decreto que exclui as aeronaves e peças da fabricante brasileira do aumento tarifário conhecido como “tarifaço”. Com isso, as exportações da Embraer para o mercado americano seguem com a tarifa de 10% vigente desde 2 de abril, o que aliviou as pressões sobre o papel da empresa e animou investidores.
Ações da Embraer sobem com forte volatilidade e negócios são suspensos
Durante o pregão na bolsa brasileira, a ação da Embraer chegou a subir mais de 10%, levando a interrupções temporárias das negociações às 15h35 e 15h55 devido à alta volatilidade. Quando os negócios foram retomados, por volta das 16h20, as ações estavam cotadas a R$ 75,53, com valorização de 9,8%. Ao final do dia, o papel encerrou o pregão com alta expressiva de 10,93%, negociado a R$ 76,25.
No mercado americano, os recibos de ações (ADRs) da Embraer também refletiram o movimento positivo, avançando 10,58% e sendo cotados a US$ 54,85. Essa valorização demonstra o impacto direto da decisão do governo americano sobre as expectativas dos investidores.
Contexto do tarifaço e impactos na Embraer
O “tarifaço” implementado pelo governo Trump desde abril impôs taxas adicionais de até 25% sobre vários produtos brasileiros, incluindo aeronaves e peças produzidas pela Embraer. Essa medida afetou diretamente a empresa, já que alguns dos seus modelos são desenvolvidos especialmente para o mercado dos Estados Unidos, como o avião regional E175.
Com a exclusão do tarifaço para aeronaves e componentes, a Embraer teve um alívio significativo, já que a manutenção da tarifa em 10% é menos onerosa e mantém a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
O modelo E175 e a vantagem competitiva da Embraer no mercado americano
Segundo análise do banco Citi, a Embraer foi a maior beneficiada pelo decreto. O modelo E175, que representa uma grande parcela das vendas da companhia nos EUA, praticamente não tem concorrência no mercado norte-americano. Isso porque as restrições impostas às companhias regionais limitam o tamanho das aeronaves que podem operar, e o E175 é o único modelo que se encaixa nesses critérios.
Essa posição estratégica coloca a Embraer em vantagem, reforçando seu papel fundamental no setor aeroespacial e impulsionando as ações da Embraer no mercado.
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