O governo federal afirmou que tomará todas as medidas necessárias para proteger a Embraer (EMBR3) da nova tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos. A declaração foi feita nesta terça-feira (29) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante evento oficial no Rio de Janeiro. A fabricante de aeronaves é considerada uma das mais impactadas pela medida que entra em vigor no dia 1º de agosto.

Segundo o ministro, a administração federal está em diálogo constante com a Embraer (EMBR3) para identificar soluções que reduzam os prejuízos da nova política comercial norte-americana. Entre as opções em estudo está o aumento na oferta de crédito à exportação, visando compensar parte dos impactos financeiros previstos.

Tarifa dos EUA ameaça mercado-chave da Embraer (EMBR3)

A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo aeronaves, foi anunciada recentemente pelo presidente Donald Trump. O impacto sobre a Embraer (EMBR3) é significativo, já que o país norte-americano representa seu principal mercado internacional.

O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, comparou o potencial efeito da tarifa à crise provocada pela pandemia de Covid-19. Em entrevista anterior à imprensa, ele alertou que a medida pode gerar cancelamentos de pedidos, adiamentos de entregas, redução de investimentos e até cortes no quadro de funcionários. Além disso, a tarifa acarretaria um custo adicional de aproximadamente US$ 9 milhões por avião exportado aos EUA.

Governo brasileiro busca alternativas para minimizar prejuízos

Durante o evento de lançamento de obras no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Silvio Costa Filho reforçou que o governo está empenhado em encontrar mecanismos de apoio à Embraer (EMBR3). Ele destacou que a empresa é estratégica para o Brasil e que todas as possibilidades viáveis estão sendo consideradas.

“A Embraer sabe que tudo o que estiver ao nosso alcance será feito”, afirmou o ministro.

Entre as soluções discutidas, o fortalecimento de linhas de crédito à exportação aparece como uma das principais alternativas. O governo também não descarta a abertura de canais diplomáticos para tentar reverter ou mitigar os efeitos da tarifa junto à administração norte-americana.

Embraer (EMBR3) pode repetir prejuízo da pandemia

De acordo com Francisco Gomes Neto, a empresa ainda avalia o impacto total da nova tarifa, mas estima que os efeitos poderão se equiparar aos vividos durante a paralisação global causada pela pandemia. Naquela ocasião, a companhia registrou queda expressiva nas entregas de aeronaves e perda de receita bilionária, o que forçou uma reestruturação profunda nas operações.

A possível retração no mercado dos EUA pode não apenas comprometer o resultado financeiro da Embraer (EMBR3), como também prejudicar sua reputação global como fornecedora confiável de jatos comerciais e executivos. A depender da reação do mercado internacional, os efeitos podem extrapolar os EUA e atingir outras regiões com alta competitividade no setor aeronáutico.

Estratégia do governo envolve crédito, diplomacia e proteção à indústria

O posicionamento do governo brasileiro visa preservar uma das empresas mais importantes da indústria nacional. A Embraer (EMBR3) desempenha um papel estratégico não apenas nas exportações, mas também na geração de empregos qualificados e no avanço tecnológico do setor aeroespacial.

O aumento de tarifas por parte dos EUA reacende o debate sobre protecionismo comercial e o impacto que essas políticas podem ter sobre economias emergentes. O governo estuda, além de incentivos financeiros, a abertura de diálogo com autoridades americanas por meio do Itamaraty e de organismos internacionais.

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