O fundo imobiliário CPTS11 apresentou resultados expressivos em abril, com crescimento no lucro líquido e distribuição de dividendos que superam o CDI. Esse desempenho reforça a atratividade do fundo para investidores em busca de rentabilidade consistente e segurança no mercado de fundos imobiliários.

CPTS11 registra alta de 9,77% no lucro líquido em abril

No mês de abril, o fundo imobiliário CPTS11 alcançou um lucro líquido de R$ 26,723 milhões, o que representa um crescimento de 9,77% em relação ao resultado obtido em março, quando o lucro foi de R$ 24,345 milhões. As receitas somaram cerca de R$ 34 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 7,275 milhões, demonstrando boa gestão financeira e operacional.

Essa evolução nos resultados permitiu a distribuição de dividendos no valor total de R$ 27,015 milhões, equivalentes a R$ 0,085 por cota. Essa rentabilidade corresponde a um retorno de 124% do CDI líquido de impostos, considerando a cotação de mercado do fundo. Para investidores, isso significa uma remuneração atrativa, principalmente em um cenário de juros elevados.

Projeções de dividendos indicam dividend yield anualizado de 13,39%

A gestora Capitania, responsável pela administração do CPTS11, divulgou previsões para os próximos meses apontando um pagamento médio de dividendos de R$ 0,08 por cota. Este valor projeta um dividend yield anualizado próximo de 13,39%, posicionando o fundo como uma opção rentável para quem busca ganhos consistentes.

Além disso, a gestora apresenta uma faixa variável para os dividendos, que pode oscilar entre R$ 0,07 e R$ 0,09 por cota, dependendo das condições de mercado e da performance da carteira. Essa flexibilidade reflete a capacidade do fundo de ajustar suas distribuições conforme o cenário econômico.

Valorização das cotas e desconto frente ao valor patrimonial

Além dos dividendos, as cotas do CPTS11 também apresentaram valorização no mês de abril, com alta de 7,18%, desempenho que supera o índice de fundos imobiliários IFIX, que cresceu 3,01%, e o Índice de Mercado de Títulos Públicos (IMA-B), que subiu 2,09%.

No fechamento do mês, o preço de mercado das cotas era de R$ 7,63, valor que representa um desconto de aproximadamente 13,2% em relação ao valor patrimonial da cota, que está em R$ 8,79. Esse diferencial indica potencial de valorização futura, pois os investidores podem adquirir cotas por um preço inferior ao seu valor contábil.

Carteira diversificada: predomínio de CRIs e FIIs de tijolo

A composição da carteira do CPTS11 é estratégica e diversificada. No fim de abril, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) representavam 34,7% dos ativos, distribuídos em 22 títulos. Destes, 99,3% estão indexados ao IPCA, com remuneração média de IPCA + 8,51%, enquanto os demais 0,7% estão atrelados ao CDI, rendendo CDI + 4,02%.

Os CRIs tiveram sua rentabilidade impactada pela recente oscilação na curva de juros, que reduziu o retorno médio anterior, que era de IPCA + 8,92%. Já a carteira de fundos imobiliários conta com 73 ativos, sendo 89,2% fundos de tijolo — focados em imóveis físicos — e 10,8% fundos de papel, que investem em títulos imobiliários, apresentando rendimento mensal de 2,66%, ligeiramente abaixo do IFIX.

Cenário econômico e gestão reforçam confiança no CPTS11

Mesmo com a taxa Selic elevada, atingindo 14,75% no início de maio, a gestão do CPTS11 mantém uma visão positiva sobre o fundo. O perfil de crédito é considerado high grade, o que significa baixo risco de inadimplência. Atualmente, o fundo opera com 100% de adimplência, sem operações consideradas “estressadas”.

Essa solidez é um ponto crucial para investidores que buscam segurança em um ambiente de juros altos e volatilidade no mercado financeiro. A estratégia da Capitania reforça o potencial do CPTS11 como uma alternativa sólida para diversificação em fundos imobiliários.