O italiano Carlo Ancelotti terá um dos maiores salários da história do futebol brasileiro à frente da seleção. Segundo apurado, o técnico pode ganhar até R$ 97 milhões caso conquiste a Copa do Mundo de 2026. Esse valor impressionante levanta a dúvida: de onde vem o dinheiro da CBF para bancar esses altos custos? A resposta está na forte geração de receitas da confederação, que em 2024 alcançou R$ 1,18 bilhão, financiados principalmente por patrocínios e direitos comerciais.

Dinheiro da CBF: receita de R$ 1,18 bilhão em 2024 mantém o futebol brasileiro competitivo

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem ampliando suas receitas de forma expressiva, o que permite investimentos robustos na seleção e nos campeonatos nacionais. Em 2024, a confederação registrou receitas totais de R$ 1,18 bilhão, segundo balanço oficial divulgado recentemente. Essa quantia é fundamental para bancar contratos milionários como o de Ancelotti e os custos crescentes da equipe profissional masculina.

O montante vem majoritariamente de patrocínios e direitos comerciais e de transmissão, que juntos respondem por 91% da receita total da entidade. Esse sólido suporte financeiro explica como a CBF consegue manter o alto padrão do futebol brasileiro mesmo diante do aumento significativo das despesas.

Direitos de transmissão: a maior fonte de receita da CBF

A principal linha de receita da CBF são os direitos de transmissão, que alcançaram R$ 723,9 milhões em 2024. Esse valor engloba a venda dos direitos comerciais e televisivos tanto dos jogos da seleção brasileira quanto dos principais campeonatos organizados pela confederação. Entre as competições estão o Campeonato Brasileiro das séries A a D, a Copa do Brasil, a Supercopa, a Copa do Nordeste, o Brasileirão Feminino e as categorias de base.

Essa receita não só garante a visibilidade do futebol nacional como é fundamental para custear salários e premiações, incluindo os altos valores pagos a técnicos e jogadores.

Patrocínios sustentam grande parte do dinheiro da CBF

Outra importante fonte de receita para a CBF são os patrocínios, que somaram R$ 451,4 milhões em 2024. Entre os contratos mais expressivos está o firmado com a Nike, avaliado em US$ 642 milhões (aproximadamente R$ 3,64 bilhões na cotação atual), válido entre 2027 e 2038. Além da Nike, empresas como Guaraná Antártica, Vivo e Itaú também apoiam financeiramente o futebol brasileiro.

Esses acordos com patrocinadores não apenas injetam dinheiro na confederação, como fortalecem a marca do futebol nacional em todo o mundo.

Custos da seleção aumentam, mas a receita acompanha o crescimento

Apesar da forte receita, os gastos da CBF com futebol profissional masculino também cresceram significativamente. Em 2024, os custos totais foram de R$ 201,15 milhões, um aumento de 131% em relação a 2023. Só a folha de pessoal da seleção principal custou R$ 57,9 milhões.

Esse crescimento reflete a valorização do futebol brasileiro e a necessidade de investimentos maiores para manter a competitividade internacional, especialmente em um ciclo que inclui a Copa do Mundo.

Outras fontes de receita ajudam a compor o orçamento da CBF

Além dos patrocínios e direitos comerciais, outros 9% da receita da confederação vêm de fontes variadas, como bilheterias e premiações (R$ 66,96 milhões), registros e transferências de jogadores (R$ 38,39 milhões), programas de desenvolvimento (R$ 15,72 milhões) e a CBF Academy (R$ 5,96 milhões).

Essas receitas menores, mas constantes, complementam o orçamento da confederação e ajudam na manutenção de projetos estruturais do futebol brasileiro.