Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, podem retomar o diálogo ainda nesta semana, após ambos os países fecharem um acordo que reduziu tarifas e sinalizou uma trégua na guerra comercial que vem afetando a economia global. As declarações foram feitas por Trump nesta segunda-feira (data atual fictícia, ajustar conforme necessidade), após uma rodada de negociações que resultou no que ele chamou de uma “redefinição” nas relações com a China.

A iniciativa marca uma reviravolta nas tensões comerciais que, desde 2018, vêm gerando instabilidade nos mercados financeiros, prejudicando cadeias produtivas e alimentando receios de uma recessão internacional. O novo entendimento trouxe alívio para investidores e abre espaço para um possível avanço nas conversas bilaterais.

Redução de tarifas reforça nova fase entre Trump e Xi Jinping

No centro do acordo entre os dois países está a redução temporária das tarifas de importação que estavam em vigor. De acordo com o comunicado conjunto, os Estados Unidos irão reduzir as taxas extras sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China cortará suas tarifas sobre importações americanas de 125% para 10%.

As novas alíquotas entram em vigor imediatamente e terão duração inicial de 90 dias, período no qual ambas as partes devem continuar negociando para alcançar um acordo mais duradouro. A trégua foi vista como uma surpresa positiva, já que muitos analistas esperavam impasses maiores e nenhuma flexibilização concreta em curto prazo.

O gesto bilateral foi interpretado como um sinal de que Trump e Xi Jinping estariam dispostos a evitar uma escalada ainda maior das tensões, em um momento em que ambas as economias enfrentam pressões internas e externas. A China lida com uma desaceleração do crescimento, enquanto os Estados Unidos se preparam para eleições presidenciais — contexto que aumenta o peso político de acordos comerciais como este.

Conversa entre líderes pode ocorrer ainda nesta semana

Além das mudanças nas tarifas, Trump afirmou que pode manter uma conversa direta com Xi Jinping ainda nesta semana, embora a data exata ainda não tenha sido confirmada. O presidente americano classificou os últimos contatos como um momento de “redefinição” nas relações com Pequim, e indicou que há abertura para diálogos mais construtivos daqui em diante.

A possibilidade de uma nova conversa entre Trump e Xi Jinping reacende a esperança de que as disputas tarifárias, que envolvem setores como tecnologia, agricultura e manufatura, possam ser substituídas por um acordo mais abrangente e duradouro. Segundo fontes próximas às negociações, os dois países querem avançar em pontos-chave como propriedade intelectual, transferência de tecnologia e acesso ao mercado financeiro.

Acordo ainda tem limitações e tarifas seguem elevadas

Apesar do alívio inicial com o anúncio da trégua, o novo acordo não retoma as isenções “de minimis”, que permitiam a entrada de remessas de pequeno valor provenientes da China e de Hong Kong sem cobrança de tarifas. Essa política foi encerrada pelo governo americano em 2 de maio e não está incluída no atual entendimento.

Além disso, mesmo com a redução anunciada, as tarifas seguem bem acima dos níveis praticados antes do agravamento do conflito comercial iniciado por Trump em abril. Isso significa que, embora haja progresso, ainda há um longo caminho até que a relação econômica entre os países volte à normalidade.