Bitcoin está entre os investimentos mais populares no Brasil
A 1ª Pesquisa Nacional das Criptomoedas, realizada pelo Datafolha e Paradigma Education, revela que os brasileiros estão investindo cada vez mais em criptoativos, com o Bitcoin se destacando como uma das opções mais populares.

O Brasil está se destacando no cenário global quando o assunto é investimento em criptoativos, com o Bitcoin ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros. De acordo com a 1ª Pesquisa Nacional das Criptomoedas, realizada pelo Datafolha em parceria com a Paradigma Education, os criptoativos já se posicionaram como uma das formas mais populares de investimento no país. O estudo, divulgado nesta quinta-feira, 27 de março de 2025, revela que 16% da população com mais de 16 anos já investiu em criptomoedas, representando aproximadamente 25 milhões de pessoas.
Criptoativos superam investimentos tradicionais
De acordo com a pesquisa, o interesse por criptoativos no Brasil ultrapassa o de investimentos tradicionais como dólar (14%), títulos públicos e privados (12%), ouro (8%) e ações (7%). Com essa adesão crescente, o mercado de criptomoedas já ocupa a 5ª posição entre as opções de investimento, ficando atrás apenas da poupança (52%), imóveis (31%), dinheiro em espécie (25%) e fundos de investimento (19%).
Apesar de o mercado de criptoativos estar em ascensão, o estudo revela que o Brasil ainda tem muito a caminhar no que diz respeito à educação financeira sobre o tema. Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, destacou que, embora o país seja um dos maiores consumidores de criptoativos no mundo, a compreensão geral sobre esse mercado ainda é limitada.
Conhecimento sobre o mercado de criptoativos é limitado
Embora o Bitcoin e outras altcoins tenham conquistado um público significativo, o estudo revelou que o conhecimento sobre as criptomoedas ainda é restrito. Por exemplo, dois terços dos brasileiros que ouviram falar sobre o criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, não conhecem outras moedas digitais. Além disso, 30% dos entrevistados associam os criptoativos à poupança, o que reflete uma falta de compreensão sobre os outros serviços financeiros oferecidos pelo mercado, como o staking, uma das formas de gerar renda passiva com as criptomoedas.
Para Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, os dados indicam uma grande lacuna de informação sobre o mercado cripto. “Embora as criptos já ocupem uma posição importante entre os investimentos no Brasil, muitos brasileiros ainda veem as criptomoedas como uma forma de poupança, ignorando outros serviços financeiros inovadores”, comentou.
Quem está investindo em criptoativos no Brasil?
A pesquisa também traçou o perfil dos investidores de criptoativos no Brasil. As regiões Norte (19,6%) e Centro-Oeste apresentam os maiores percentuais de investidores em criptomoedas. A faixa etária de 16 a 34 anos é a mais representativa, com quase 29% dos entrevistados nessa faixa investindo em criptoativos.
Além disso, o estudo mostrou que a adesão aos criptoativos é ampla e inclusiva, com 62,9% dos investidores sendo pretos ou pardos, 3,2% amarelos e 2,2% indígenas. Esses dados reforçam a diversidade crescente entre os investidores brasileiros de criptomoedas, mostrando que o mercado está se tornando acessível a diferentes grupos socioeconômicos e culturais.
Expectativas de crescimento do mercado de criptoativos
A pesquisa ainda indicou que 20% dos brasileiros (aproximadamente 32 milhões de pessoas) têm a intenção de investir em Bitcoin ou outras criptomoedas nos próximos dois anos. Isso demonstra o otimismo com relação ao crescimento do mercado de criptoativos no Brasil. As perspectivas para o futuro do mercado são animadoras, e especialistas apontam que, à medida que o conhecimento sobre o mercado cripto se expande, mais brasileiros devem adotar essa forma de investimento.
O estudo foi conduzido por meio de 2.007 entrevistas realizadas em 113 municípios do Brasil. A amostra representa uma população de mais de 160 milhões de brasileiros com mais de 16 anos. A pesquisa foi encomendada pela exchange Coinbase e pela gestora de ativos digitais Hashdex, sendo um reflexo do crescente interesse por criptoativos no país.