Testamento de Gene Hackman levanta questões sobre o destino de sua fortuna
O testamento de Gene Hackman, falecido aos 95 anos, nomeou sua esposa, Betsy Arakawa, como beneficiária de sua fortuna. No entanto, após a morte simultânea de ambos, surgem incertezas sobre o destino dos bens, com possibilidade de os filhos do ator contestarem a herança.

O testamento de Gene Hackman, falecido aos 95 anos, trouxe à tona questões sobre o futuro de sua considerável fortuna e o envolvimento de seus familiares. De acordo com documentos obtidos, o ator nomeou sua esposa, Betsy Arakawa, como beneficiária de sua fortuna, mas o destino dos bens se tornou incerto após a morte de ambos, levantando um potencial conflito familiar sobre o que acontecerá com o patrimônio do vencedor de dois Oscars.
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O que diz o testamento de Gene Hackman?
Gene Hackman, conhecido por seu trabalho cinematográfico de destaque, incluindo a conquista de dois prêmios Oscar, deixou um testamento datado de 1995. No documento, Hackman estipulou que sua esposa, Betsy Arakawa, seria a beneficiária de “cada centavo” de sua fortuna. A decisão reflete o vínculo estreito entre os dois, que viveram juntos em uma mansão em Santa Fé, no estado do Novo México. No entanto, a situação se complicou quando Betsy também foi encontrada morta, na mesma data em que Hackman faleceu.
Quando e como as mortes ocorreram?
Gene Hackman morreu no dia 27 de fevereiro de 2025, vítima de problemas cardíacos, com 95 anos. Sua esposa, Betsy Arakawa, faleceu uma semana antes, aos 65 anos, após complicações derivadas da síndrome pulmonar por hantavírus, transmitido por roedores. Ambas as mortes ocorreram em um período muito curto, o que levanta questões sobre a partilha de bens e a aplicação do testamento.
A descoberta dos corpos ocorreu após um trabalhador de manutenção da residência alertar as autoridades, após avistar as vítimas pela janela da casa. As circunstâncias dessas mortes estão sendo investigadas, mas o destino do patrimônio de Hackman e Arakawa agora é um dos principais pontos de discussão.
A dúvida sobre o futuro da herança
O testamento de Betsy Arakawa deixa claro que, se ela falecesse antes de Hackman, sua herança seria destinada a ele. No entanto, o testamento também prevê que, em caso de mortes “simultâneas” ou com menos de 90 dias de diferença, os bens seriam direcionados a instituições de caridade. Dado que ambos faleceram em um intervalo de uma semana, surge a dúvida sobre se a disposição do testamento de Betsy será aplicada e se a fortuna será de fato destinada à caridade.
No estado do Novo México, a legislação pode considerar que o patrimônio do casal é comum, a menos que exista um acordo pré-nupcial que altere essa regra. No entanto, com a morte de Betsy, é possível que parte de sua herança seja destinada à caridade, enquanto a parte do patrimônio de Hackman, que foi o autor do testamento original, poderia ser direcionada aos filhos do ator, caso a parte dela seja considerada inválida.
Possível contestação do testamento
O filho mais velho de Hackman, Christopher, contratou o renomado advogado Andrew M. Katzenstein, o que indica que a família pode contestar o testamento. Embora o ator tenha deixado claro que não queria que seus filhos recebessem nada de sua fortuna, o fato de estarem vivos e serem seus parentes diretos pode gerar disputas judiciais.
Nos Estados Unidos, especialmente no Novo México, as leis sobre a divisão de bens podem favorecer os parentes mais próximos, mesmo quando o testamento não os contempla. Caso os filhos de Hackman decidam contestar o testamento, isso poderá gerar um longo processo judicial. O testamento de Hackman, de 1995, também pode ser desafiado, pois as disposições podem não refletir sua vontade final, principalmente devido às mudanças nas circunstâncias da sua vida e a morte de sua esposa.
O pedido de sigilo sobre as imagens da cena da morte
Em meio a essa disputa sobre a herança, uma solicitação de sigilo também foi feita sobre as evidências do local das mortes. A representante do espólio de Hackman e Betsy, Julia Peters, entrou com um pedido na Justiça para evitar a divulgação de fotos, vídeos e filmagens da cena das mortes.
O pedido se baseia no direito à privacidade dos falecidos, já que imagens de câmeras corporais dos policiais que atenderam à ocorrência podem ser reveladas ao público. Isso inclui filmagens da cena do crime e outras evidências que poderiam ser consideradas perturbadoras. O TMZ reportou que a possível divulgação dessas imagens poderia causar grande comoção pública e afetar ainda mais a memória dos falecidos.