O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou, nesta quarta-feira (12), sua intenção de fortalecer a relação do governo com o Congresso Nacional. Durante um evento no Palácio do Planalto, o petista destacou a nomeação da ministra Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais como parte dessa estratégia. A escolha, no entanto, gerou reações diversas entre parlamentares, especialmente aqueles ligados ao Centrão.

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Nova estratégia para fortalecer a relação com o Legislativo

Com a recente mudança na articulação política, Lula afirmou que busca maior proximidade com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Segundo ele, a presença de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais representa um esforço para evitar distanciamento entre os poderes e garantir um diálogo mais efetivo sobre pautas prioritárias do governo.

“É essencial estreitar os laços com o Congresso, por isso escolhi Gleisi Hoffmann para liderar essa articulação política. Precisamos mostrar para a sociedade que, mesmo ocupando posições distintas, temos o compromisso comum de garantir a soberania do país e o bem-estar dos brasileiros”, afirmou o presidente.

Escolha de Gleisi Hoffmann surpreende setores do Congresso

A nomeação da ministra para o cargo surpreendeu parlamentares, especialmente os que defendiam a indicação de um nome ligado ao Centrão. Para alguns líderes políticos, a escolha poderia ter recaído sobre alguém com mais trânsito entre as bancadas do Congresso, facilitando a interlocução do Executivo com deputados e senadores.

Mesmo diante da surpresa, Lula reforçou a confiança na capacidade da nova ministra de conduzir as negociações políticas. Hoffmann, que já ocupou a Casa Civil no governo Dilma Rousseff e tem longa trajetória no Partido dos Trabalhadores (PT), assume a missão de articular a aprovação de projetos estratégicos para o governo.

Evento no Palácio do Planalto e outras declarações de Lula

As declarações do presidente ocorreram durante um evento no Palácio do Planalto que marcou o lançamento de um programa de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, garantido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No mesmo discurso, Lula fez comentários sobre outros integrantes do governo, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães.

O presidente mencionou que Haddad “precisa ter mais charme” ao se comunicar publicamente e brincou com Guimarães, chamando-o de “cabeçudão do Ceará”, ao destacar sua atuação na aprovação da reforma tributária. Essas falas, características do estilo comunicativo de Lula, foram recebidas com bom humor pelos presentes.