A Caixa Seguridade (CXSE3) protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de oferta pública de distribuição secundária de 82,5 milhões de ações ordinárias, com um valor estimado de até R$ 1,31 bilhão. O pedido, formalizado na noite de domingo (9), faz parte da estratégia da empresa para atender aos requisitos de governança do Novo Mercado da B3.

A definição do preço das ações será feita em 19 de março, com base no valor de R$ 15,99 registrado no fechamento da última sexta-feira (7). Importante destacar que, no modelo de oferta secundária, as ações já existem e são apenas transferidas, ao contrário da oferta primária, onde novos papéis são emitidos.

A operação será coordenada pelos bancos Itaú BBA (coordenador líder), BTG Pactual, Bank of America, UBS Brasil e a própria Caixa Econômica Federal, que também é a controladora da Caixa Seguridade. Esse movimento visa aumentar a quantidade de ações em circulação no mercado, atingindo o percentual mínimo de 20% exigido pelo Novo Mercado, segmento de alto nível de governança corporativa da B3.

O processo não deverá alterar o controle da companhia, que atualmente é detida em 82,75% pela Caixa Econômica Federal. Com a oferta, a Caixa Seguridade pretende ampliar o número de ações em circulação, um passo necessário para manter sua listagem no Novo Mercado e garantir maior transparência e governança corporativa.

De acordo com o documento da empresa, como se trata de uma oferta secundária, não ocorrerá diluição para os acionistas atuais, e não será concedido direito de preferência para a compra das ações pelos acionistas existentes. A movimentação reflete um alinhamento com as exigências regulatórias e uma estratégia de fortalecimento da posição da seguradora no mercado de capitais brasileiro.

Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.