A Microsoft deu um grande passo no avanço da computação quântica com a criação de um novo estado da matéria que promete transformar as possibilidades dessa tecnologia emergente. Este novo estado, denominado “qubit topológico”, visa aumentar a estabilidade dos qubits utilizados nos computadores quânticos, um dos maiores desafios enfrentados na área.

O que é o qubit topológico e como ele funciona?

Os qubits são as unidades fundamentais de informação nos computadores quânticos, mas, ao contrário dos bits tradicionais, eles podem representar múltiplos estados simultaneamente, o que possibilita o processamento de informações de maneira exponencialmente mais rápida. No entanto, esses qubits são extremamente sensíveis a interferências externas, o que dificulta sua aplicação prática.

O qubit topológico desenvolvido pela Microsoft é uma solução inovadora para esse problema. Ele é baseado em partículas exóticas chamadas “anyons”, que têm a capacidade de manter a informação quântica de forma mais estável por mais tempo, minimizando os erros comuns em qubits tradicionais. Esse avanço poderia representar um marco na busca pela “supremacia quântica”, onde os computadores quânticos superam os computadores clássicos em tarefas específicas.

Quando e onde ocorreu o desenvolvimento dessa descoberta?

A descoberta foi anunciada pela Microsoft em 2025, após anos de pesquisa no campo da física quântica. O desenvolvimento ocorreu no laboratório Station Q, da empresa, localizado na Universidade de Santa Bárbara, na Califórnia, onde a Microsoft tem investido pesadamente em pesquisas quânticas. A empresa já havia dado indícios de seu foco nessa área com a promessa de criar um computador quântico funcional até meados da década de 2020.

Por que esse avanço é importante para a computação quântica?

Este avanço é crucial porque resolve um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de computadores quânticos em larga escala: a fragilidade dos qubits. Com o qubit topológico, a Microsoft busca reduzir a taxa de erros quânticos e aumentar a confiabilidade das operações, um passo essencial para a viabilização de sistemas quânticos práticos e comerciais.

O impacto dessa descoberta vai além da computação em si. A tecnologia de computação quântica tem o potencial de transformar diversas áreas, incluindo inteligência artificial, simulações de materiais e medicamentos, e até mesmo a criação de novos tipos de baterias. A maior estabilidade dos qubits pode acelerar essas inovações, trazendo benefícios para a ciência e a indústria.