Ibovespa Futuro recua com investidores atentos ao cenário global e à política nacional
Investidores monitoram expectativas globais e decisões domésticas em meio à volatilidade do mercado

O Ibovespa Futuro iniciou esta terça-feira (21) em queda, refletindo a cautela dos investidores diante do discurso e das primeiras medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No cenário doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa pela manhã de uma reunião com seus ministros e, à tarde, se encontra com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante um encontro ministerial no dia anterior, Lula determinou que nenhuma portaria ou medida seja publicada pelos ministérios sem aprovação prévia da Casa Civil.
Após a reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou que o governo federal está comprometido em garantir o equilíbrio fiscal, ressaltando que essa é uma prioridade do presidente Lula.
Às 9h07 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em fevereiro apresentava queda de 0,49%, registrando 123.080 pontos.
Desempenho de índices globais
Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam em alta, com o Dow Jones subindo 0,38%, o S&P 500 avançando 0,34% e o Nasdaq Futuro com elevação de 0,41%.
Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram o dia predominantemente em alta, enquanto investidores aguardavam maior clareza sobre as políticas econômicas do novo governo dos EUA. Esta semana, vários bancos centrais asiáticos realizarão reuniões de política monetária, incluindo o Banco do Japão (BOJ), que deve debater um possível aumento de juros.
Movimentos do dólar e commodities
O dólar à vista registrava alta de 0,35%, cotado a R$ 6,062 para compra e R$ 6,064 para venda. Na B3, o contrato futuro de dólar com vencimento próximo recuava 0,21%, alcançando 6.075 pontos.
No mercado de commodities, os preços do petróleo apresentavam queda, influenciados pelas recentes declarações e ordens executivas de Trump, que incluíam incentivos à produção doméstica.
Por outro lado, o minério de ferro na China continuou sua trajetória de alta, acumulando ganhos pela nona sessão consecutiva, impulsionado pela ausência de tarifas comerciais imediatas impostas pelo governo americano.