Haddad afirma que não se vê como candidato à presidência em 2026 e defende Lula na reeleição
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não se vê como candidato à presidência em 2026 e que o presidente Lula tem condições de disputar a reeleição de forma competitiva.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última sexta-feira (20), que não se vê como candidato à Presidência da República em 2026, destacando que seu foco está no atual trabalho como gestor da pasta econômica. Durante a declaração, Haddad também expressou sua confiança nas chances de Luiz Inácio Lula da Silva para uma reeleição competitiva. O ministro ainda comparou o cenário atual com a eleição presidencial de 2002, traçando paralelos sobre crises econômicas passadas.
Fernando Haddad se posicionou claramente ao declarar que não possui pretensões de disputar a presidência nas próximas eleições. Ele disse não se entender como candidato, indicando que seu papel no governo atual é focado no desempenho da pasta da Fazenda e nas questões econômicas que o Brasil enfrenta.
Apesar de não ter intenções de se lançar como candidato à presidência, Haddad foi enfático ao afirmar que Lula possui plenas condições de se manter competitivo para a reeleição. O ministro lembrou que é cedo para fazer qualquer previsão definitiva sobre o impacto da atual escalada do dólar e dos juros futuros, fenômenos econômicos que têm gerado incertezas sobre os rumos políticos e econômicos do Brasil.
Haddad compara Eleições de 2026 com 2002
Em sua fala, o ministro fez uma analogia com a eleição presidencial de 2002, quando, apesar da crise econômica e do alto índice de juros, o então presidente Fernando Henrique Cardoso foi competitivo e chegou ao segundo turno. “Se não fosse o apagão em 2001, o governo chegaria muito competitivo no ano seguinte”, comentou Haddad. Ele enfatizou que a situação atual não deve ser vista como definitiva e que é possível que Lula mantenha uma base forte e consiga chegar bem na disputa de 2026, destacando a experiência política do atual presidente.
Haddad fez um paralelo importante com a eleição de 2002, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso se viu diante de uma crise econômica, com juros elevados e uma alta volatilidade cambial. Mesmo diante dessas adversidades, Cardoso conseguiu ser competitivo e se classificou para o segundo turno da eleição, mostrando que fatores econômicos, como o aumento dos juros, não necessariamente determinam o fim de uma candidatura.
Esse histórico é citado por Haddad como uma referência importante para entender que o cenário econômico atual, com a escalada do dólar e dos juros futuros, não deve ser usado para prever de forma apressada o resultado das eleições. “Acho que o presidente Lula tem todas as condições de chegar competitivo”, afirmou Haddad, reafirmando que o Brasil tem uma política estável e uma liderança forte capaz de se adaptar a crises econômicas.
O atual ministro da Fazenda possui uma extensa carreira política que o posiciona como um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2018, ele foi o candidato do partido à presidência, após a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva ser barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido à Operação Lava-Jato. Naquele ano, Haddad alcançou o segundo turno, mas foi derrotado por Jair Bolsonaro, o que representou uma grande disputa entre os dois.
Em 2022, Haddad se lançou novamente em uma disputa eleitoral, desta vez para o governo do estado de São Paulo. Porém, ele foi derrotado por Tarcísio Gomes de Freitas, apoiado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Em sua trajetória política, Haddad também foi prefeito da cidade de São Paulo entre 2013 e 2016, período em que se destacou por iniciativas em áreas como educação e transporte público.