Na última quinta-feira (12), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi nomeado “Pessoa do Ano” pela revista Time, um título que ele já havia recebido em 2016, após sua surpreendente vitória na corrida presidencial. A escolha marca um momento histórico, destacando o retorno impressionante de Trump ao cenário político norte-americano e seu impacto nas eleições de 2024.

O retorno histórico de Trump à política americana

O anúncio feito pela Time sublinha a transformação política de Trump e seu retorno ao protagonismo, mesmo diante de investigações envolvendo seu nome e da tentativa de assassinato que sofreu durante um comício na Pensilvânia. A revista destaca como Trump foi capaz de superar dois adversários democratas e conquistar os sete estados decisivos, sendo o primeiro republicano a vencer o voto popular em 20 anos.

O editor-chefe da Time, Sam Jacobs, afirmou que Trump foi, “para o bem ou para o mal”, a pessoa com a maior influência nas notícias de 2024. Segundo Jacobs, Trump remodelou a presidência americana e reorganizou a política dos Estados Unidos, tornando-se a figura central da política mundial. Este reconhecimento ocorre em um ano eleitoral de grande repercussão, em que Trump superou rivais de peso, como a vice-presidente Kamala Harris e o bilionário Elon Musk, para conquistar o título.

A transformação do eleitorado e a vitória estratégica

A Time também observou que Trump desempenhou um papel fundamental na mobilização de um grande número de jovens eleitores do sexo masculino nas eleições de 2024, algo que se mostrou crucial para sua vitória. Este fenômeno evidenciou como o republicano conseguiu influenciar o cenário eleitoral, conectando-se com um eleitorado mais jovem e renovado.

Ele não apenas conquistou o voto popular pela primeira vez, mas também venceu em todos os estados estratégicos que definiram a eleição. A revista reconhece sua habilidade em navegar pelas complexidades do sistema eleitoral dos Estados Unidos, conquistando um número impressionante de votos em estados decisivos.

Trump e a Time: Uma relação conturbada

O título de “Pessoa do Ano” pela Time também reflete uma longa e, por vezes, polêmica relação de Trump com a revista. Desde 2009, Trump alimentou uma verdadeira obsessão por ser nomeado para este título anual. Embora nunca tenha sido uma edição real, Trump pendurou uma capa da Time com seu nome em diversos clubes de golfe. Na década seguinte, ele se mostrou frustrado quando a Time o excluiu de listas importantes, como a das 100 pessoas mais influentes, e fez duras críticas quando a revista nomeou “The Protester” em 2011, em referência aos movimentos revolucionários ao redor do mundo.

A seleção da Time sempre foi uma pauta para Trump, e em 2023, ele não poupou críticas quando a cantora Taylor Swift foi escolhida como uma das personalidades mais influentes, especialmente após a artista se declarar a favor de Kamala Harris, sua adversária política. Trump chegou a postar nas redes sociais: “Eu odeio Taylor Swift” devido ao posicionamento da cantora.

Trump e sua participação na Bolsa de Valores de Nova York

Além de ser nomeado “Pessoa do Ano”, Donald Trump teve a oportunidade de participar da tradicional cerimônia de abertura da Bolsa de Valores de Nova York nesta quinta-feira. Esse evento é um símbolo tanto da cultura quanto da política dos Estados Unidos, com líderes empresariais e celebridades sendo convidados a tocar o sino que marca o início das negociações diárias na Bolsa.

Esta foi a primeira vez que o ex-presidente participou de tal evento, marcando mais um momento importante de sua carreira. Participar de uma cerimônia tão emblemática reforça sua relevância no cenário político e econômico, além de destacar sua posição de destaque entre as figuras públicas mais influentes da atualidade.