A fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3) anunciou ao mercado que registrou um lucro líquido de R$ 1,578 bilhão no terceiro trimestre de 2024 (3T24), um crescimento de 20,4% em comparação ao mesmo período de 2023. 

O resultado veio abaixo da expectativa do consenso LSEG, que projetava um lucro de R$ 1,62 bilhão.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 2,224 bilhões, uma alta de 27,9% em relação ao 3T23, ficando próximo dos R$ 2,27 bilhões previstos. Já a  margem Ebitda alcançou 22,6%, superando em 1,1 ponto percentual o valor registrado no 3T23.

A receita líquida totalizou R$ 9,857 bilhões, um aumento de 22,1% sobre o 3T23, alinhando-se às expectativas do mercado, que apontavam para R$ 9,93 bilhões.

Entre os destaques, a receita dos negócios de motores industriais e geradores adquiridos da Regal Rexnord foi de R$ 637,7 milhões, sendo 68,4% em Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI) e 31,6% em Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD), ambos com foco no mercado externo. Sem essa aquisição, a receita consolidada teria crescido 14,2% sobre o 3T23.

No mercado internacional, a receita líquida, medida em dólares pela média trimestral, aumentou 23,8% na comparação anual.

Em relação ao retorno sobre o capital investido (ROIC), a companhia reportou um aumento de 37,1%, representando uma alta de 1,7 ponto percentual em relação ao 3T23.

As despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (VG&A) somaram R$ 1,132 bilhão, um aumento de 31,6% em relação ao 3T23, reflexo da consolidação das operações da Marathon e do aumento nos custos de frete.

Nos nove primeiros meses do ano, as atividades operacionais geraram R$ 4,670 bilhões em caixa, impulsionadas pelo crescimento da receita e pela melhora nas margens, apesar do aumento na necessidade de capital de giro.

Vale enfatizar que no 3T24 a WEG investiu R$ 434,9 milhões em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas, equipamentos e licenças de software. Do total investido, 64,6% foram destinados às operações no Brasil e 35,4% aos parques industriais e outras instalações no exterior.