Marçal promete ação contra Datena e critica imprensa e governo após agressão
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi agredido com uma cadeirada por José Luiz Datena (PSDB) durante um debate na TV Cultura, na noite de domingo. Após ser internado no Hospital Sírio Libanês para observação, Marçal deu uma declaração contundente sobre o ocorrido e suas consequências.
Marçal promete ação contra Datena e critica imprensa e governo após agressão
Na noite de domingo (15), durante um acirrado debate político na TV Cultura, o candidato Pablo Marçal foi agredido fisicamente por José Luiz Datena, seu adversário nas eleições municipais. O ataque ocorreu quando Datena, em um momento de tensão, desferiu uma cadeirada contra Marçal, resultando em sua imediata internação no Hospital Sírio Libanês para exames e observação. Na saída do hospital, Marçal prometeu tomar medidas legais contra Datena, incluindo um pedido formal para a cassação de seu registro.
“Vamos pedir a cassação do registro dele e vamos tomar todas as medidas necessárias em nome da sociedade”, declarou Marçal. Ele argumentou que a agressão não deve ser vista apenas como um incidente isolado, mas como um reflexo de um comportamento mais amplo e preocupante.
Além de abordar o ataque, Marçal usou a ocasião para criticar a cobertura midiática do caso e o governo federal. Ele acusou a imprensa de uma cobertura desigual, alegando que os jornalistas têm sido coniventes com o que ele considera uma injustiça. “Vocês passam pano”, disse Marçal, referindo-se ao tratamento que a imprensa tem dado ao caso e a outras denúncias envolvendo figuras públicas.
O candidato também questionou a falta de ação do governo federal diante de denúncias de assédio sexual envolvendo Silvio Almeida. “O governo sabia há meses das acusações e não fez nada. Isso é inaceitável”, afirmou. Marçal indicou que a falta de respostas adequadas do governo contribui para um ambiente de impunidade.
Marçal enfatizou que não se considera um vitimista, apesar de ter sido agredido. Ele rejeitou a narrativa de que estaria buscando simpatia ou apoio por meio da vitimização. “Ontem, eu fui vítima do Datena, mas eu não sou vitimista. Nós vamos para a guerra. Foi só um esbarrão, né Datena?”, declarou Marçal. Ele destacou que seu objetivo é lutar pela liberdade e justiça, sem se deixar desviar pelo papel de vítima.
No calor do momento, Marçal não poupou críticas a Datena e ao prefeito Ricardo Nunes. Ele acusou Datena de agir com ódio, comparando a agressão a uma tentativa de homicídio. “Se você bate uma cadeira dessas em uma pessoa indefesa, igual ao Ricardo Nunes, ele teria ido para a UTI. Sua sorte é que eu me defendi”, afirmou Marçal.
Marçal também lembrou as acusações anteriores de violência doméstica contra Nunes, questionando sua conduta e exigindo explicações. Ele usou essas críticas para reforçar seu argumento de que a política em São Paulo está cheia de problemas de violência e corrupção.
Marçal fez uma polêmica comparação entre a agressão sofrida por ele e os ataques contra Donald Trump e Jair Bolsonaro, sugerindo que a violência direcionada a figuras de direita é frequentemente ignorada quando vem da esquerda. “Um foi com uma bala de fuzil, outro com uma faca e outro com uma cadeira. Por que não tem isso com gente de esquerda? Sempre é alguém de esquerda tentando tirar a vida ou parar alguém da direita”, afirmou Marçal.
Ele também criticou o que considera uma agenda comunista, referindo-se a Datena como um ex-petista e acusando-o de adotar uma ideologia que, segundo ele, é prejudicial para o Brasil. “Che Guevara não concordava com a homossexualidade e matava os homossexuais. É isso que vocês querem para esse país?”, questionou Marçal, ligando a agressão a uma suposta ideologia comunista.