Na noite de domingo (15), durante um acirrado debate político na TV Cultura, o candidato Pablo Marçal foi agredido fisicamente por José Luiz Datena, seu adversário nas eleições municipais. O ataque ocorreu quando Datena, em um momento de tensão, desferiu uma cadeirada contra Marçal, resultando em sua imediata internação no Hospital Sírio Libanês para exames e observação. Na saída do hospital, Marçal prometeu tomar medidas legais contra Datena, incluindo um pedido formal para a cassação de seu registro.

“Vamos pedir a cassação do registro dele e vamos tomar todas as medidas necessárias em nome da sociedade”, declarou Marçal. Ele argumentou que a agressão não deve ser vista apenas como um incidente isolado, mas como um reflexo de um comportamento mais amplo e preocupante.

Além de abordar o ataque, Marçal usou a ocasião para criticar a cobertura midiática do caso e o governo federal. Ele acusou a imprensa de uma cobertura desigual, alegando que os jornalistas têm sido coniventes com o que ele considera uma injustiça. “Vocês passam pano”, disse Marçal, referindo-se ao tratamento que a imprensa tem dado ao caso e a outras denúncias envolvendo figuras públicas.

O candidato também questionou a falta de ação do governo federal diante de denúncias de assédio sexual envolvendo Silvio Almeida. “O governo sabia há meses das acusações e não fez nada. Isso é inaceitável”, afirmou. Marçal indicou que a falta de respostas adequadas do governo contribui para um ambiente de impunidade.

Marçal enfatizou que não se considera um vitimista, apesar de ter sido agredido. Ele rejeitou a narrativa de que estaria buscando simpatia ou apoio por meio da vitimização. “Ontem, eu fui vítima do Datena, mas eu não sou vitimista. Nós vamos para a guerra. Foi só um esbarrão, né Datena?”, declarou Marçal. Ele destacou que seu objetivo é lutar pela liberdade e justiça, sem se deixar desviar pelo papel de vítima.

No calor do momento, Marçal não poupou críticas a Datena e ao prefeito Ricardo Nunes. Ele acusou Datena de agir com ódio, comparando a agressão a uma tentativa de homicídio. “Se você bate uma cadeira dessas em uma pessoa indefesa, igual ao Ricardo Nunes, ele teria ido para a UTI. Sua sorte é que eu me defendi”, afirmou Marçal.

Marçal também lembrou as acusações anteriores de violência doméstica contra Nunes, questionando sua conduta e exigindo explicações. Ele usou essas críticas para reforçar seu argumento de que a política em São Paulo está cheia de problemas de violência e corrupção.

Marçal fez uma polêmica comparação entre a agressão sofrida por ele e os ataques contra Donald Trump e Jair Bolsonaro, sugerindo que a violência direcionada a figuras de direita é frequentemente ignorada quando vem da esquerda. “Um foi com uma bala de fuzil, outro com uma faca e outro com uma cadeira. Por que não tem isso com gente de esquerda? Sempre é alguém de esquerda tentando tirar a vida ou parar alguém da direita”, afirmou Marçal.

Ele também criticou o que considera uma agenda comunista, referindo-se a Datena como um ex-petista e acusando-o de adotar uma ideologia que, segundo ele, é prejudicial para o Brasil. “Che Guevara não concordava com a homossexualidade e matava os homossexuais. É isso que vocês querem para esse país?”, questionou Marçal, ligando a agressão a uma suposta ideologia comunista.