O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, renovou hoje (26) o recorde de fechamento com apoio das ações da Petrobras (PETR4;PETR3), iniciando a semana com uma forte alta de 0,94%, fechando aos 136.888 pontos, um avanço de 1.280 pontos. 

Durante a sessão, o índice chegou a atingir 137.013,05 pontos, marcando o maior patamar de encerramento de um pregão na história, superando o recorde anterior de 136.463,65 pontos, registrado na quarta-feira passada (21).

Esse desempenho foi impulsionado por diversos fatores, com destaque para a valorização das commodities. A Vale (VALE3) avançou 1,13%, beneficiada pela alta do minério de ferro, que se valorizou devido a um dólar mais fraco frente a outras moedas e à demanda crescente na China. 

As siderúrgicas também acompanharam esse movimento: Gerdau (GGBR4) subiu 0,77% e Usiminas (USIM5) teve alta de 0,30%. A exceção foi a CSN (CSNA3), que registrou queda de 0,24%.

Já o petróleo teve um aumento superior a 3% nas principais referências internacionais, com o Brent ultrapassando os US$ 80, impulsionado pela suspensão de exportações na Líbia e tensões no Oriente Médio. Esse cenário favoreceu as ações da Petrobras, com PETR3 subindo impressionantes 8,96% e PETR4 valorizando 7,26%, em parte devido à elevação de recomendações por analistas. As petroleiras menores também se beneficiaram: PRIO (PRIO3) ganhou 0,43% e 3R Petroleum (RRRP3) subiu 1,98%.

Por outro lado, os bancos tiveram um desempenho misto no pregão. O Banco do Brasil (BBAS3) registrou alta de 0,39%, enquanto o Itaú Unibanco (ITUB4) oscilou bastante e terminou com uma leve alta de 0,22%. Já o Bradesco (BBDC4) recuou 0,32%.

O Ibovespa continua a ser impulsionado pelo fluxo de capital estrangeiro, que deve se intensificar se o Federal Reserve seguir o discurso de seu presidente, Jerome Powell, e reduzir os juros na próxima reunião de política monetária.

Quedas de hoje na Bolsa

Entre as quedas do dia, além dos bancos, a CVC (CVCB3) caiu 8,00%, em um ajuste após a última semana, enquanto a Rumo (RAIL3) recuou 3,13%, refletindo a revisão de seus investimentos. A Sabesp (SBSP3) também registrou queda de 0,41%, à espera do anúncio de uma nova diretoria.

Mesmo com o bom desempenho do Ibovespa, o dólar comercial subiu 0,23%, fechando a R$ 5,49. A alta foi impulsionada por declarações de Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central, que reforçou a postura conservadora e vigilante da instituição em relação à política monetária, destacando a resiliência e dinamismo da economia brasileira, em contraste com sinais de desaceleração nos EUA.

Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tanto a Câmara quanto o Senado prometeram aprovar projetos para melhorar o ambiente de negócios, com destaque para a reforma tributária, que pode gerar um impacto positivo no PIB de 10% a 20% nos próximos 10 anos.

Vale destacar que amanhã será um dia essencial para o mercado, com a divulgação do IPCA-15 de agosto, cuja previsão aponta para uma desaceleração para 0,2%, em comparação aos 0,3% do mês anterior. Além disso, haverá uma nova leitura do PIB dos EUA e dados de inflação de consumo pessoal (PCE), o que pode trazer mais volatilidade ao mercado.

Maiores altas do Ibovespa hoje (26)

Ticker Valorização (%)Valor por ação(R$)
PETR3+8,9642,92
PETR4+7,2639,57
SMTO3+3,5830,40
NTCO3+2,3314,07
RRRP3+1,9828,27

Maiores quedas do Ibovespa hoje (26)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
CVCB3-8,002,07
RAIL3-2,9222,92
BEEF3-2,147,78
MGLU3-1,9813,35
GOLL4-1,801,09

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamentoVariação em ptsVariação em %
  🇧🇷 Bovespa136.888,71+1.280,23+0,94
  🇧🇷 USD/BRL 5,4928+0,0028+0,24
  🇺🇸 S&P 5005.616,84−17,77-0,32