X (antigo Twitter) vai acabar no Brasil? Entenda o cenário
Entre as redes sociais que marcaram a última década, o X (anteriormente conhecido como Twitter) se destaca como uma das plataformas mais icônicas e populares. No entanto, em agosto de 2024, o cenário mudou drasticamente com o fechamento de seu escritório no Brasil e a demissão em massa de seus funcionários, criando uma onda de […]

Entre as redes sociais que marcaram a última década, o X (anteriormente conhecido como Twitter) se destaca como uma das plataformas mais icônicas e populares. No entanto, em agosto de 2024, o cenário mudou drasticamente com o fechamento de seu escritório no Brasil e a demissão em massa de seus funcionários, criando uma onda de incertezas sobre o futuro da rede no país.
Essa decisão, fruto de um embate entre Elon Musk, o proprietário da plataforma, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, não só levanta questões sobre a continuidade das operações do X, mas também sobre suas implicações para o debate entre liberdade de expressão e censura.
Em mais um artigo exclusivo do portal Melhor Investimento, iremos explorar as razões por trás do fechamento do escritório, as ordens judiciais que desafiam a operação da plataforma e o conflito entre Musk e Moraes. Além disso, responderemos à pergunta: é possível investir em ações do X? Continue a leitura e descubra!
X anuncia fechamento de escritório no Brasil
No dia 17 de agosto de 2024, todos os funcionários do X no Brasil foram demitidos após uma reunião online de emergência, convocada de madrugada. Essa ação marcou o fim das operações físicas da empresa no país.
O próprio Elon Musk confirmou o fechamento, mencionando as imposições de censura do STF como o principal motivo. Além disso, o perfil oficial do X dedicado às relações governamentais divulgou uma nota expondo um despacho sigiloso de Moraes, que supostamente ameaçou prender o representante legal da empresa caso as ordens judiciais não fossem cumpridas.
Quais são as ordens judiciais que o X (twitter) precisa cumprir?
O X enfrenta uma série de ordens judiciais no Brasil, que envolvem, principalmente, o bloqueio de contas e a remoção de conteúdo considerado ofensivo ou que viola as leis brasileiras. Essas ordens, emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visam combater a disseminação de desinformação, discursos de ódio e ataques contra instituições democráticas.
Entre as principais exigências judiciais estão:
- Bloqueio de Perfis Específicos: O X é frequentemente intimado a bloquear perfis de usuários que disseminam notícias falsas, incitam violência ou propagam discursos de ódio. Perfis associados a figuras públicas e influenciadores que compartilham desinformação são alvos frequentes dessas medidas.
- Remoção de Conteúdo: Além de bloquear contas, o X deve remover publicações que violem as decisões judiciais. Isso inclui posts que propagam fake news, conteúdos que atacam a integridade das instituições democráticas ou que promovem discursos de ódio.
- Entrega de Dados de Usuários: Em certos casos, as autoridades brasileiras exigem que o X forneça dados de usuários envolvidos em investigações criminais, como parte de esforços para identificar e processar indivíduos que violam a lei através da plataforma.
- Multas por Descumprimento: O não cumprimento das ordens judiciais pode resultar em multas diárias. O valor das multas pode ser significativo, como no caso em que o STF estabeleceu uma penalidade de R$ 100 mil por dia para cada conta que seja reativada em descumprimento às suas determinações.
O X (antigo Twitter) vai acabar no Brasil?
A resposta curta é não, pelo menos não no contexto atual. Embora o X tenha fechado seu escritório no Brasil, o serviço da rede social permanece disponível para os usuários brasileiros.
Elon Musk vs. Alexandre de Moraes: O conflito entre liberdade de expressão e censura
A disputa entre Elon Musk, proprietário do X, e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), destaca a tensão entre liberdade de expressão e a responsabilidade das plataformas digitais no Brasil.
Origem do Conflito
O embate ganhou força em abril de 2024, quando Musk começou a criticar decisões judiciais que obrigavam o X a moderar conteúdo. As ordens, sob a supervisão de Moraes, buscavam coibir a disseminação de desinformação e proteger a democracia, mas Musk as considerou uma forma de censura.
Twitter Files Brazil
A revelação dos “Twitter Files Brazil”, que expôs comunicações internas sobre as ordens judiciais, intensificou a tensão. Musk acusou Moraes de abusar de seu poder, enquanto o ministro respondeu incluindo o bilionário em investigações sobre milícias digitais e ameaçando ações legais.
Decisões judiciais e acusações
Moraes impôs multas e bloqueios de perfis ao X, defendendo que as redes sociais devem atuar em conformidade com a lei. Musk, por sua vez, denunciou essas ações como uma ameaça à liberdade de expressão, chamando Moraes de “ditador brutal”.
Implicações
Esse conflito reflete um debate mais amplo sobre o papel das redes sociais e a relação entre empresas de tecnologia e governos. O fechamento do escritório do X no Brasil simboliza as complexas dinâmicas de poder que influenciam a operação das plataformas digitais em um contexto de crescente vigilância e regulação.
Linha do Tempo desde a aquisição do X por Elon Musk
- Outubro de 2021: Elon Musk começa a adquirir ações do Twitter, se tornando um dos maiores acionistas da empresa.
- Abril de 2022: Musk faz uma oferta de compra formal do Twitter por aproximadamente US$ 44 bilhões, citando a necessidade de promover a liberdade de expressão na plataforma.
- Outubro de 2022: A aquisição de Musk é concluída, e ele se torna CEO do Twitter. A mudança é acompanhada por uma série de demissões, incluindo a alta gestão da empresa.
- Novembro de 2022: Musk inicia mudanças significativas na plataforma, incluindo a introdução de uma assinatura paga para verificação de contas e a reavaliação das políticas de moderação de conteúdo.
- Abril de 2023: A plataforma enfrenta críticas e desafios legais em relação à moderação de conteúdo, especialmente em relação à desinformação e ao discurso de ódio.
- Setembro de 2023: O X (ex-Twitter) é alvo de investigações no Brasil sobre a conformidade com as ordens judiciais de moderação de conteúdo.
- Abril de 2024: A tensão entre Musk e o ministro Alexandre de Moraes aumenta, culminando na revelação dos “Twitter Files Brazil”, que expõem a relação entre o Twitter e as decisões judiciais no Brasil.
- Agosto de 2024: O escritório do X no Brasil encerra suas operações após uma reunião de emergência que resulta na demissão de cerca de 40 funcionários. Musk atribui a decisão a exigências de censura impostas por Moraes.
Como comprar ações do X na Bolsa de Valores?
O Twitter, agora chamado de X, tornou-se uma empresa pública em 2013, negociando ações sob o símbolo TWTR na Bolsa de Valores de Nova Iorque até 2022. Contudo, após a aquisição por Elon Musk, a plataforma foi tornada privada, retirando-a do mercado de ações. Isso significa que as ações do X não estão mais disponíveis para negociação pública.
Embora ainda seja possível adquirir ações TWTR, isso só pode ser feito por meio de transações diretas com acionistas dispostos a vender. Comprar ou vender ações fora da bolsa é complicado e, neste caso, a alta demanda entre investidores que desejam manter suas ações pode dificultar a negociação.
Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais:
Instagram | Facebook | Linkedin