Fundo RCRB11 reduzirá dividendos após levar calote; saiba mais
O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) anunciou o pagamento de R$ 0,91 por cota na próxima quinta-feira (15), cerca de 8% inferior aos R$ 0,99 por cota distribuídos no mês de julho. O motivo para a diminuição do valor dos dividendos é um calote por dois meses consecutivos. Os rendimentos do RCRB11 não […]

O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) anunciou o pagamento de R$ 0,91 por cota na próxima quinta-feira (15), cerca de 8% inferior aos R$ 0,99 por cota distribuídos no mês de julho. O motivo para a diminuição do valor dos dividendos é um calote por dois meses consecutivos.
Os rendimentos do RCRB11 não foram imediatamente afetados pela inadimplência de um dos locatários, chegando até mesmo a aumentar no mês passado. No entanto, em agosto, a situação mudou, fazendo com que a gestão do fundo confirmasse que a distribuição deste mês será reduzida devido à falta do pagamento.
Conforme o relatório gerencial divulgado na semana passada, a inadimplência refere-se a WeWork, que aluga um imóvel na Vila Madalena, em São Paulo, e deixou de pagar os aluguéis de maio e junho. O contrato representa 9,5% da receita do fundo.
Sem previsão para a quitação dos valores devidos pela empresa, que opera no setor de escritórios flexíveis, a gestão decidiu reduzir os dividendos distribuídos.
“A equipe de gestão está fazendo os maiores esforços para resolver a inadimplência da WeWork o mais rápido possível e, assim, normalizar a distribuição do fundo”, afirma o relatório.
Impacto para o RCRB11
Por conta da redução dos proventos, os dividendos pagos pelo Rio Bravo Renda Corporativa ficarão abaixo do guidance para o segundo semestre, que estimava depósitos entre R$ 0,99 e R$ 1,05 por cota.
Apesar disso, a gestão prevê que os pagamentos começarão a partir da faixa inferior e aumentarão gradativamente ao longo dos próximos meses, até atingirem o topo do guidance.
Além disso, Anita Scal, sócia e diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo, declarou no mês passado que, no momento, a inadimplência do fundo “é de apenas 2,5%, considerada uma das mais baixas de todo o setor” e “deve ser sanada em breve”.