A B3 (B3SA3) apresentou resultados financeiros robustos no segundo trimestre de 2024 (2T24), destacando-se com um lucro líquido ajustado de R$ 1,23 bilhão. Este desempenho representa um crescimento de 8,5% em comparação com o trimestre anterior, superando as expectativas do Bradesco BBI e o consenso de mercado. O valor das ações da B3SA3 também reagiu positivamente, subindo 4,58% para R$ 11,87. 

Na última quinta-feira (08), a B3 revelou seus resultados financeiros para o 2T24. O lucro líquido ajustado alcançou R$ 1,23 bilhão, marcando um aumento significativo de 8,5% em relação ao trimestre anterior. Este resultado superou as previsões do Bradesco BBI e do consenso das estimativas de mercado, que projetavam valores 4,5% e 3,1% menores, respectivamente. A valorização das ações da B3SA3, que atingiu R$ 11,87, reflete a reação positiva do mercado aos resultados financeiros divulgados. 

Os resultados do trimestre foram impulsionados por um crescimento de 12,6% no faturamento, com destaque para o desempenho dos derivativos. Este segmento contribuiu significativamente para a receita da B3, representando 24% do total. A XP destacou que o aumento robusto nos volumes de derivativos e o controle eficaz de custos foram fatores-chave para o crescimento do lucro e a melhoria da margem EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). As despesas operacionais da B3 diminuíram 1,1% no trimestre, demonstrando uma gestão eficiente dos custos.

O Bradesco BBI avaliou o valuation da B3 como atraente, com a ação negociando cerca de 50% abaixo da média do mercado internacional. Contudo, uma reavaliação das ações da B3 está atrelada à evolução das condições de mercado, especialmente no que diz respeito às taxas de juros. A XP manteve uma recomendação neutra, definindo um preço-alvo de R$ 16,00 por ação. Em contraste, a Genial Investimentos recomendou compra, com um preço-alvo de R$ 14,00, o que representa um potencial de valorização de 23%. 

Apesar dos resultados positivos, o volume financeiro médio diário (ADTV) no segmento de ações da B3 foi pressionado por um ambiente econômico desafiador. A alta das taxas de juros nos EUA e as incertezas quanto aos cortes de juros tanto no Brasil quanto no exterior, somadas às preocupações fiscais brasileiras, influenciaram negativamente o ADTV. A Genial Investimentos também observou que a iminente entrada de novos concorrentes no mercado pode trazer desafios adicionais para a B3.