A Copel (CPLE6) anunciou os resultados do processo de bookbuilding para a sua 9ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, do tipo quirografária, com garantia adicional fidejussória, em duas séries.

A oferta, realizada com registro automático, totalizou R$ 2,25 bilhões. A classificação de risco da emissão, conduzida pela Fitch, foi “AAA(bra)”. O bookbuilding foi concluído ontem (04), com a participação dos coordenadores Itaú BBA, UBS Brasil e XP.

A oferta consistiu na emissão de 2,25 milhões de debêntures, sendo 750 mil da primeira série e 1,5 milhão da segunda série, cada uma com valor nominal unitário de R$ 1 mil, somando R$ 2,25 bilhões na data de emissão.

As debêntures da primeira série terão juros baseados na variação acumulada de 100% das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros (DI) de um dia, acrescidos de uma sobretaxa de 0,60% ao ano. As debêntures da segunda série terão juros de 6,2831% ao ano.

Desempenho da Copel (CPLE6) no 1T24

A Copel registrou um lucro líquido de R$533,5 milhões no primeiro trimestre deste ano (1T24), representando uma queda de 6% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Essa baixa nos resultados da empresa é atribuída à redução na geração de energia eólica no Nordeste do Brasil, devido a ventos mais fracos no início deste ano, além de preços mais baixos da energia.

No entanto, o impacto negativo foi parcialmente compensado pelo bom desempenho do segmento de distribuição de energia, que registrou um crescimento líquido de 7,9%, impulsionado pela onda de calor em diversas regiões do país.

A Copel também apresentou um Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) de R$1,329 bilhão no primeiro trimestre, uma redução de 6,3% em relação ao mesmo período de 2023. 

Já o Ebitda ajustado, que exclui os resultados da Compagás e da termelétrica Araucária, em processo de desinvestimento, foi de R$1,411 bilhão, uma queda de 10,3% na comparação anual.

Por fim, a receita líquida da Copel totalizou R$5,417 bilhões, um crescimento de 2,8% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Esse aumento é resultado de um acréscimo de R$309,1 milhões na receita de disponibilidade da rede elétrica, principalmente devido ao crescimento no mercado fio da Copel e ao reajuste tarifário da tarifa de energia da distribuidora.