FAA impõe prazo à Boeing para resolver questões de qualidade antes de aumentar produção do 737 MAX
Nesta quarta-feira (23) a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) impôs à Boeing (BOEI34) um mandato governamental para resolver questões sistêmicas de controle de qualidade antes de aumentar a produção do modelo 737 MAX. O secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg, destacou, antes de tudo, que a segurança é uma prioridade máxima. […]

Nesta quarta-feira (23) a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) impôs à Boeing (BOEI34) um mandato governamental para resolver questões sistêmicas de controle de qualidade antes de aumentar a produção do modelo 737 MAX. O secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg, destacou, antes de tudo, que a segurança é uma prioridade máxima. Além disso, ressaltou que a Boeing deve cumprir o prazo de 90 dias estabelecido pela FAA para solucionar essas questões.
Buttigieg, em um evento realizado no Aeroporto Nacional Reagan, nos arredores de Washington, enfatizou, antes de tudo, a importância de garantir que a Boeing atenda aos padrões de qualidade e segurança. Além disso, ressaltou a necessidade de fazer isso antes de expandir a produção do 737 MAX.
O que motivou a decisão?
A FAA tomou essa decisão após uma emergência aérea envolvendo um modelo 737 MAX da Alaska Airlines no final de janeiro. Essa medida restritiva foi uma resposta à necessidade de assegurar que a qualidade e a segurança dos aviões não fossem comprometidas.
O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, reconheceu, primeiramente, a exigência da FAA. Além disso, afirmou que a empresa está trabalhando em um plano para monitorar e garantir a qualidade do sistema de produção. Calhoun enfatizou que o prazo de 90 dias não é apenas uma formalidade, mas sim uma oportunidade para a Boeing demonstrar seu compromisso com a segurança aérea.
A atual produção do 737 MAX pela Boeing
O diretor da FAA, Mike Whitaker, informou que, embora a Boeing tenha permissão para produzir 38 aviões 737 por mês, a produção atual está abaixo desse número. Essa redução na taxa de produção já está impactando as companhias aéreas americanas, como a Southwest Airlines, que dependem dos aviões Boeing para expandir suas operações.
Buttigieg reconheceu o desafio enfrentado pelas companhias aéreas devido ao menor número de aviões entregues pela Boeing este ano. No entanto, ele enfatizou que a prioridade da FAA é garantir a segurança e que as considerações econômicas não devem comprometer esse objetivo.
Whitaker destacou que o cronograma para permitir que a Boeing aumente a taxa de produção do 737 MAX dependerá da eficácia da implementação das mudanças na cultura de segurança e qualidade. Ele ressaltou que a FAA tem as ferramentas necessárias para responsabilizar a Boeing e que pretende usá-las para garantir a conformidade com os padrões exigidos.
Buttigieg reiterou que a FAA está comprometida em garantir a segurança dos passageiros e da aviação em geral. Ele enfatizou que, embora o impacto econômico seja uma preocupação válida, a segurança continua sendo a principal prioridade da agência reguladora.